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Semana de moda de Paris: Dior animal e Loewe na 'vibe' dos anos 80

06/03/2015 18h08

Paris, 6 Mar 2015 (AFP) - A Dior desfilou uma mulher selvagem e sexy com botas de cano alto enquanto a Loewe evocou os anos 1980 e Issey Miyake apresentou um caleidoscópio de cores no quarto dia da Semana de Moda de Paris.



A mulher animal da Dior

Conjuntos de malha, botas altas de vinil: para o desfile da Dior outono-inverno, o estilista Raf Simons retomou os temas de sua recente coleção de Alta-costura, os anos 50 a 70 e a ficção científica.

"Queria uma coleação que falasse da natureza e da feminilidade de maneira diferente, longe do jardim e das flores, algo mais liberado, mais obscuro, mais sexual", explicou em uma nota distribuída antes do desfile o estilista belga, que continua interpretando com audácia o legado da marca.

Esse lado selvagem é expressado por Raf Simons em estampas animais estilizadas e peles de raposa.

As calças de alfaiataria, curtas, são usadas com botas de vinil em cores vivas com saltos transparentes. Maquiagem forte nas pálpebras, rabo de cavalo lateral e argola em apenas uma orelha completam o look das modelos no Cour Carrée do Louvre.



Loewe em transformação

O jovem estilista irlandês Jonathan Anderson continua rejuvenescendo a identidade da marca espanhola de artigos em couro e prêt-à-portêr.

O couro é onipresente nesta coleção inspirada nos anos 1980, com óculos de sol e jaquetas com mangas volumosas.

A calça ampla, estrela da coleção primavera-verão, aparece em diferentes materiais, em tons de cinza e em vinil. Aparecem também vestidos-túnica e saias plissadas metalizadas.

Acessórios onipresentes: os cintos, confeccionados com círculos que formam elos.



Caleidoscópio de Issey Miyake

"Um sem-fim de cores refletidas na geometria dos prismas, como em um caleidoscópio gigante". A marca japonesa Issey Miyake definiu assim a coleção de seu jovem estilista Yoshiyuki Miyamae.

Com música ao vivo e letra de Ei Wada para oito guitarras elétricas acompanhadas pela voz cristalina da cantora Chiyako, o desfile começa com modelos que combinam saias, xales e ponchos desestruturados.

Na passarela laqueada em preto montada em uma tenda no Jardin des Tuileries, os casacos amplos acompanham túnicas amplas, com linhas onduladas e vestidos de modelagem ampla feitos de materiais fabricados com novas tecnologias.

As cores são muito frias e outonais, em tons que lembram as folhas amareladas pela estação, alternados com cinza, púrpura e violenta escuro.

A marca se manteve fiel à sua arte do plissado e às estampas geométricas, em vermelho e azul.

O desfile terminou com quinze modelos girando e soltando seus cintos, que se abriam como uma flor para se transformar em uma saia.

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