Morre lendário músico de rock David Bowie
Londres, 11 Jan 2016 (AFP) - A lenda britânica do rock David Bowie morreu de câncer aos 69 anos, após uma carreira excepcional e dois dias depois do lançamento de seu 25º álbum, uma notícia acolhida com grande surpresa e dor no mundo da música.
"David Bowie morreu em paz hoje cercado de sua família ao término de uma valente batalha de 18 meses contra o câncer", indicou uma mensagem datada no domingo e divulgada nesta segunda-feira em contas do Twitter e Facebook.
O comunicado não informa onde ocorreu a morte do artista, que vivia há tempos em Nova York.
"Lamento e fico triste em dizer que é verdade. Estarei desconectado por um tempo. Amo vocês", confirmou no Twitter seu filho Duncan Jones, que também publicou uma foto em preto e branco na qual ele aparece bebê sobre os ombros de seu pai.
A morte de Bowie coincidiu com o lançamento de seu último disco, "Blackstar", um álbum com ares de jazz que saiu à venda na sexta-feira passada, dia de seu 69º aniversário.
Imediatamente choveram reações e homenagens em todo o mundo.
"Cresci ouvindo e vendo o gênio do pop David Bowie. Sabia se reinventar melhor que ninguém, sempre acertava. Uma enorme perda", comentou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em sua conta no Twitter.
"Estou devastada! Este grande artista mudou minha vida! O primeiro show que vi em Detroit! R.I.P", afirmou Madonna na mesma rede social.
Para o rapper Kanye West, Bowie foi uma de suas "principais fontes de inspiração, (era) tão valente, tão criativo, nos deu magia para uma vida inteira".
O ator americano Mark Ruffalo o definiu como "o pai de todos nós, os frikis".
David Robert Jones nasceu em 8 de janeiro de 1947 no seio de uma família modesta de Brixton, um bairro popular do sul de Londres. Abandonou a escola na adolescência e saltou à fama em 1969 com "Space Oddity", uma mítica balada sobre a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço.
A partir de então, multiplicou seus álbuns, mudou sua música, encarnou diferentes personagens, convertendo-se no homem das mil faces, graças a sua formação como mímico, seu gosto pela moda e seu amor pelo teatro kabuki. Também participou de muitos filmes.
Não deixou de lançar discos e fazer turnês até o início dos anos 2000, mas um problema cardíaco sofrido no palco durante um festival alemão em junho de 2004 pôs fim a esta época tão frutífera.
Forçado a um longo repouso por quase uma década, suas aparições foram escassas, mas os últimos anos voltaram a ser prolíficos.
Há três anos, o músico britânico escolheu o dia de seu aniversário para romper uma seca musical com a música "Where Are We Now?". Esta canção repleta de referências a sua etapa em Berlim avivou uma chama que alguns consideravam vacilante.
Dois meses mais tarde, um novo álbum com tons de rock, "The Next Day", confirmou o retorno em plena forma do influente e camaleônico artista.
Entre seus últimos projetos, destaca-se a música que acompanha os créditos da série de televisão franco-britânica "The Last Panthers", a comédia musical "Lazarus" e algumas colaborações, como no último álbum do The Arcade Fire.
Em "Blackstar", representado por uma misteriosa estrela preta de cinco pontas, a bateria e o saxofone compartilham o protagonismo com a inconfundível voz de Bowie.
O artista se diverte esticando e desestruturando suas músicas, que superam amplamente o formato padrão de três ou quatro minutos. Também há ressonâncias com seus trabalhos anteriores, como o clássico "Low" (1977) ou "Black Tie White Noise" (1993) que relançou Bowie após os difíceis anos 1980.
"David Bowie morreu em paz hoje cercado de sua família ao término de uma valente batalha de 18 meses contra o câncer", indicou uma mensagem datada no domingo e divulgada nesta segunda-feira em contas do Twitter e Facebook.
O comunicado não informa onde ocorreu a morte do artista, que vivia há tempos em Nova York.
"Lamento e fico triste em dizer que é verdade. Estarei desconectado por um tempo. Amo vocês", confirmou no Twitter seu filho Duncan Jones, que também publicou uma foto em preto e branco na qual ele aparece bebê sobre os ombros de seu pai.
A morte de Bowie coincidiu com o lançamento de seu último disco, "Blackstar", um álbum com ares de jazz que saiu à venda na sexta-feira passada, dia de seu 69º aniversário.
Imediatamente choveram reações e homenagens em todo o mundo.
"Cresci ouvindo e vendo o gênio do pop David Bowie. Sabia se reinventar melhor que ninguém, sempre acertava. Uma enorme perda", comentou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em sua conta no Twitter.
"Estou devastada! Este grande artista mudou minha vida! O primeiro show que vi em Detroit! R.I.P", afirmou Madonna na mesma rede social.
Para o rapper Kanye West, Bowie foi uma de suas "principais fontes de inspiração, (era) tão valente, tão criativo, nos deu magia para uma vida inteira".
O ator americano Mark Ruffalo o definiu como "o pai de todos nós, os frikis".
David Robert Jones nasceu em 8 de janeiro de 1947 no seio de uma família modesta de Brixton, um bairro popular do sul de Londres. Abandonou a escola na adolescência e saltou à fama em 1969 com "Space Oddity", uma mítica balada sobre a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço.
A partir de então, multiplicou seus álbuns, mudou sua música, encarnou diferentes personagens, convertendo-se no homem das mil faces, graças a sua formação como mímico, seu gosto pela moda e seu amor pelo teatro kabuki. Também participou de muitos filmes.
Não deixou de lançar discos e fazer turnês até o início dos anos 2000, mas um problema cardíaco sofrido no palco durante um festival alemão em junho de 2004 pôs fim a esta época tão frutífera.
Forçado a um longo repouso por quase uma década, suas aparições foram escassas, mas os últimos anos voltaram a ser prolíficos.
Há três anos, o músico britânico escolheu o dia de seu aniversário para romper uma seca musical com a música "Where Are We Now?". Esta canção repleta de referências a sua etapa em Berlim avivou uma chama que alguns consideravam vacilante.
Dois meses mais tarde, um novo álbum com tons de rock, "The Next Day", confirmou o retorno em plena forma do influente e camaleônico artista.
Entre seus últimos projetos, destaca-se a música que acompanha os créditos da série de televisão franco-britânica "The Last Panthers", a comédia musical "Lazarus" e algumas colaborações, como no último álbum do The Arcade Fire.
Em "Blackstar", representado por uma misteriosa estrela preta de cinco pontas, a bateria e o saxofone compartilham o protagonismo com a inconfundível voz de Bowie.
O artista se diverte esticando e desestruturando suas músicas, que superam amplamente o formato padrão de três ou quatro minutos. Também há ressonâncias com seus trabalhos anteriores, como o clássico "Low" (1977) ou "Black Tie White Noise" (1993) que relançou Bowie após os difíceis anos 1980.
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