Afastamento de comentarista cria polêmica sobre censura na França
PARIS, 20 dez 2014 (AFP) - A decisão de uma rede de televisão privada de afastar um comentarista conhecido por suas polêmicas opiniões - em especial sobre o Islã - deflagrou na França, neste sábado, um debate sobre a censura na imprensa do país.
Na sexta-feira à noite, a emissora ITELE divulgou um breve comunicado, anunciando que o programa que contava com a participação de Eric Zemmour desde 2003 não contará mais com sua presença a partir de janeiro.
Zemmour, de 56 anos, autor do best-seller "Le suicide français" (O suicídio francês, em tradução livre), gerou grande polêmica, ao declarar em uma recente entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera" que os muçulmanos "vivem entre eles, nos subúrbios", que "os franceses se viram obrigados a abandonar".
Embora o jornalista italiano que o entrevistou tenha reconhecido que acrescentou a palavra "deportar" (em relação aos cinco milhões de muçulmanos que vivem na França) ao transcrever a entrevista, a polêmica continua viva. Não apenas em relação às palavras de Zemmour, mas também sobre seu afastamento da ITELE.
"A censura de Zemmour pela ITELE é detestável", tuitou a presidente da Frente Nacional (de extrema direita), Marine Le Pen.
Para o deputado da UMP (de direita) Eric Ciotti, "não é uma boa notícia para a democracia".
Embora tenha considerado que as opiniões de Zemmour são "com frequência insuportáveis", o ex-deputado europeu verde Daniel Cohn-Bendit também defendeu sua presença na mídia, "em nome da liberdade e da diversidade" nesses meios.
O copresidente do Partido de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, considerou que "expulsar Zemmour não é uma decisão útil para a luta contra suas ideias".
Já deputados do Partido Socialista (da situação) comemoraram a decisão da ITELE.
bur-pgf/abk/me/dmc/tt
Na sexta-feira à noite, a emissora ITELE divulgou um breve comunicado, anunciando que o programa que contava com a participação de Eric Zemmour desde 2003 não contará mais com sua presença a partir de janeiro.
Zemmour, de 56 anos, autor do best-seller "Le suicide français" (O suicídio francês, em tradução livre), gerou grande polêmica, ao declarar em uma recente entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera" que os muçulmanos "vivem entre eles, nos subúrbios", que "os franceses se viram obrigados a abandonar".
Embora o jornalista italiano que o entrevistou tenha reconhecido que acrescentou a palavra "deportar" (em relação aos cinco milhões de muçulmanos que vivem na França) ao transcrever a entrevista, a polêmica continua viva. Não apenas em relação às palavras de Zemmour, mas também sobre seu afastamento da ITELE.
"A censura de Zemmour pela ITELE é detestável", tuitou a presidente da Frente Nacional (de extrema direita), Marine Le Pen.
Para o deputado da UMP (de direita) Eric Ciotti, "não é uma boa notícia para a democracia".
Embora tenha considerado que as opiniões de Zemmour são "com frequência insuportáveis", o ex-deputado europeu verde Daniel Cohn-Bendit também defendeu sua presença na mídia, "em nome da liberdade e da diversidade" nesses meios.
O copresidente do Partido de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, considerou que "expulsar Zemmour não é uma decisão útil para a luta contra suas ideias".
Já deputados do Partido Socialista (da situação) comemoraram a decisão da ITELE.
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