Redator-chefe da Indonésia é acusado de blasfêmia por caricatura sobre EI
Jacarta, 12 dez 2014 (AFP) - O redator-chefe do jornal indonésio de língua inglesa Jakarta Post foi acusado de blasfêmia após a publicação de uma caricatura sobre o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), indicou nesta sexta-feira a polícia.
Meidyatama Suryodiningrat pode ser condenado a até cinco anos de prisão se for considerado culpado de blasfêmia, um crime em vigor na Indonésia.
A caricatura, publicada em 3 de julho, mostra um homem com a bandeira de uma caveira e em cima a frase em árabe "Não há Deus maior que Alá". No chão aparecem vários combatentes, um deles apontando com uma arma contra pessoas com o rosto coberto e as mãos amarradas nas costas.
Após os protestos de vários grupos islamitas, o Jakarta Post pediu desculpas e garantiu que a caricatura era uma crítica ao EI e à "utilização de símbolos religiosos".
No entanto, um grupo de pregadores muçulmanos de Jacarta denunciou o jornal e um porta-voz da polícia indicou nesta sexta-feira que o redator-chefe era suspeito.
"Publicamos um desenho jornalístico que critica o ISIS (também conhecido como EI), que comete atos violentos em nome da religião", disse Suryodiningrat ao ouvir as acusações.
Em novembro, a Anistia Internacional pediu ao novo presidente Joko Widodo, chamado Jokowi, que revogasse as leis sobre a blasfêmia. Segundo a ONG, o número de pessoas detidas por esta razão aumentou consideravelmente entre 2004 e 2014.
Meidyatama Suryodiningrat pode ser condenado a até cinco anos de prisão se for considerado culpado de blasfêmia, um crime em vigor na Indonésia.
A caricatura, publicada em 3 de julho, mostra um homem com a bandeira de uma caveira e em cima a frase em árabe "Não há Deus maior que Alá". No chão aparecem vários combatentes, um deles apontando com uma arma contra pessoas com o rosto coberto e as mãos amarradas nas costas.
Após os protestos de vários grupos islamitas, o Jakarta Post pediu desculpas e garantiu que a caricatura era uma crítica ao EI e à "utilização de símbolos religiosos".
No entanto, um grupo de pregadores muçulmanos de Jacarta denunciou o jornal e um porta-voz da polícia indicou nesta sexta-feira que o redator-chefe era suspeito.
"Publicamos um desenho jornalístico que critica o ISIS (também conhecido como EI), que comete atos violentos em nome da religião", disse Suryodiningrat ao ouvir as acusações.
Em novembro, a Anistia Internacional pediu ao novo presidente Joko Widodo, chamado Jokowi, que revogasse as leis sobre a blasfêmia. Segundo a ONG, o número de pessoas detidas por esta razão aumentou consideravelmente entre 2004 e 2014.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.