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Alemães são condenados à prisão por roubar peças arqueológicas no Egito

11/11/2014 19h41

CAIRO, 11 Nov 2014 (AFP) - Um tribunal egípcio condenou, nesta terça-feira, três alemães e seis egípcios a cinco anos de prisão pelo roubo de amostras de pedras e fragmentos de um cartucho faraônico da pirâmide de Keops, revelou uma fonte judicial.

Os três alemães tinham se apresentado como cientistas e tentaram se apropriar do único cartucho que identifica com o nome do faraó Keops a pirâmide que é considerada uma das sete maravilhas do mundo da Antiguidade, construída há mais de 4.500 anos.

Todas as peças arqueológicas foram recuperadas pelas autoridades.

Dos seis egípcios detidos, três eram funcionários do ministério das Antiguidades, dois eram guardas da pirâmide e o último, diretor de uma agência de viagens.

Segundo a ata da acusação, os alemães roubaram as amostras de pedra da pirâmide para tentar demonstrar que o monumento seria mais antigo do que se acredita e que teria sido construído muito antes de 2.500 a.C.

No fim de 2013, o roubo foi anunciado pelas autoridades, que indicaram em agosto passado ter recuperado as amostras.

De acordo com o encarregado judicial, o tribunal determinou a abertura de um inquérito para determinar o envolvimento no caso de Zahi Hawass, que foi ministro das Antiguidades até 2011.

Os advogados de defesa afirmaram, com base em vídeos, que o incidente ocorreu enquanto o senhor Hawass ainda estava no cargo e não em 2013, como indicam as autoridades.

"Estas proposições são destituídas de qualquer fundamento", afirmou à AFP o senhor Hawass, insistindo em que os fatos ocorreram em 2013.



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