Stella McCartney e Versace apostam na 'fast fashion' no Brasil
S¥O PAULO, 04 Nov 2014 (AFP) - Dois gigantes da moda, Stella McCartney e Versace, lançam nessa semana coleções exclusivas para duas lojas populares no Brasil, que apesar da economia em estagnação continua sendo um paraíso para grandes marcas internacionais.
A filha do ex-Beatle Paul McCartney vai lançar nessa semana sua segunda colaboraão para a rede internacional C&A, enquanto a irmã do famoso estilista italiano Gianni Versace, Donatella, vai levar sua marca para peças da Riachuelo.
Os lançamentos - exclusivos para o mercado brasileiro - acontecem em plena Semana de Moda de São Paulo (SPFW), a maior passarela da América Latina, que começou nesta segunda-feira e acontece até sexta-feira na cidade mais rica do país.
"Essas colaborações da C&A e da Riachuelo só corroboram a maturidade e a grandiosidade da moda brasileira; sua importância, dimensão e sua força", disse Paulo Borges, diretor do evento, em entrevista à AFP.
Para ele só existem aspectos positivos nestas parcerias focadas no grande público.
"A 'fast fashion' (moda rápida) é um processo que possibilita um número muito maior de consumidores saciar seus desejos em relação ao consumo de moda", acrescentou.
Moda para todos
Na última década o país experimentou uma forte transformação social. Cerca de 40 milhões de pessoas saíram da pobreza e o consumo de bens e serviços foi impulsionado.
O Brasil se transformou em um destino de sonhos para marcas de roupas, sapatos, maquiagem e acessórios. Shoppings e lojas de marcas variadas brotaram em todos os lugares do país.
Grandes marcas de luxo como Carolina Herrera, Chanel, Gucci, Dolce & Gabbana, Louboutin, Prada, Tiffany e Valentino, entre muitas outras, chegaram ao país. E não foram só cidades de grande concentração urbana e financeira como São Paulo e Rio de Janeiro, mas Fortaleza e Recife também se beneficiaram.
Marcas como Zara, emblema da 'fast fashion', causaram furor e uma onda de consumo no país.
"O Brasil é um mercado enorme, mas focado principalmente no grande público. Nós estamos aqui apostando no futuro, posicionando nossa marca", disse em entrevista à AFP um alto executivo de uma empresa de luxo italiana que pediu para não ser identificado.
Segundo dados da consultora londrina Euromonitor, o faturamento do mercado de roupas e sapatos aumentou 62% entre 2008 e 2013.
Para o período 2013-2018 ela prevê um aumento de 20%.
"Ainda que a economia esteja estagnada, o Brasil tem poder econômico e um crescimento no mercado da moda que é muito favorável", disse à AFP Luciane Robic, especialista do Instituto Brasileiro de Moda.
A economia do país vai crescer em 2014. Analistas esperam um PIB de 0,2% no quarto ano de uma expansão moderada.
O famoso 'custo Brasil'
Em todo o país são 300.000 empresas na indústria da moda. Apesar do mercado ainda estar saudável, a indústria não passa por seu melhor momento.
O problema é o chamado 'custo Brasil' que, com impostos muito altos, burocracia, valor alto das matérias-primas e da mão de obra, encarece a produção local.
Somando a isso a qualidade que está longe dos padrões internacionais de luxo, a indústria brasileira está em uma posição desfavorável em relação às grandes marcas estrangeiras, porque não tem custo nem qualidade para enfrentá-las.
"Na Europa uma marca de luxo é muito mais acessível que no Brasil", diz Luciane Robic.
O mesmo ocorre em relação a gigantes de produção em massa como a China e outras nações asiáticas, com as quais os brasileiro não conseguem competir. O Brasil fica, então, um pouco no meio de tudo isso.
"Sem reduzir custos não haverá sucesso", alerta Paulo Borges.
Toda a coleção da Versace para Riachuelo foi produzida no Brasil. Para a C&A, somente uma parte.
Mas enquanto a indústria busca maneiras de se manter e expandir, o mercado por agora tem indicadores de boa saúde econômica.
As coleções da C&A e da Riachuelo serão promovidas na SPFW com a presença de Stella McCartney e Donatella Versace. A primeira terá peças de alfaiataria em tons pastéis com toques de azul marinho, dourado e preto.
A coleção da Versace para Riachuelo é a primeira colaboração internacional desta gigante brasileira que tem 228 lojas próprias e 22 milhões de clientes de suas próprias etiquetas.
"Versace é perfeita para o Brasil. Somos ousados, coloridos, vibrantes, sensuais, atrevidos e apaixonados, tudo o que a mulher brasileira ama", afirmou Donatella em entrevista à revista Elle.
Nesta coleção aparecem estampas de 'animal print' e cores como roxo, amarelo e coral, sem deixar de lado o clássico preto e o elegante 'off white'. O preço das peças flutuam entre 20 e 200 dólares, aproximadamente.
"O Brasil está atrasado dez anos em seus níveis de consumo com relação aos mercados internacionais. E continuará consumindo muito mais", disse Paulo Borges.
A filha do ex-Beatle Paul McCartney vai lançar nessa semana sua segunda colaboraão para a rede internacional C&A, enquanto a irmã do famoso estilista italiano Gianni Versace, Donatella, vai levar sua marca para peças da Riachuelo.
Os lançamentos - exclusivos para o mercado brasileiro - acontecem em plena Semana de Moda de São Paulo (SPFW), a maior passarela da América Latina, que começou nesta segunda-feira e acontece até sexta-feira na cidade mais rica do país.
"Essas colaborações da C&A e da Riachuelo só corroboram a maturidade e a grandiosidade da moda brasileira; sua importância, dimensão e sua força", disse Paulo Borges, diretor do evento, em entrevista à AFP.
Para ele só existem aspectos positivos nestas parcerias focadas no grande público.
"A 'fast fashion' (moda rápida) é um processo que possibilita um número muito maior de consumidores saciar seus desejos em relação ao consumo de moda", acrescentou.
Moda para todos
Na última década o país experimentou uma forte transformação social. Cerca de 40 milhões de pessoas saíram da pobreza e o consumo de bens e serviços foi impulsionado.
O Brasil se transformou em um destino de sonhos para marcas de roupas, sapatos, maquiagem e acessórios. Shoppings e lojas de marcas variadas brotaram em todos os lugares do país.
Grandes marcas de luxo como Carolina Herrera, Chanel, Gucci, Dolce & Gabbana, Louboutin, Prada, Tiffany e Valentino, entre muitas outras, chegaram ao país. E não foram só cidades de grande concentração urbana e financeira como São Paulo e Rio de Janeiro, mas Fortaleza e Recife também se beneficiaram.
Marcas como Zara, emblema da 'fast fashion', causaram furor e uma onda de consumo no país.
"O Brasil é um mercado enorme, mas focado principalmente no grande público. Nós estamos aqui apostando no futuro, posicionando nossa marca", disse em entrevista à AFP um alto executivo de uma empresa de luxo italiana que pediu para não ser identificado.
Segundo dados da consultora londrina Euromonitor, o faturamento do mercado de roupas e sapatos aumentou 62% entre 2008 e 2013.
Para o período 2013-2018 ela prevê um aumento de 20%.
"Ainda que a economia esteja estagnada, o Brasil tem poder econômico e um crescimento no mercado da moda que é muito favorável", disse à AFP Luciane Robic, especialista do Instituto Brasileiro de Moda.
A economia do país vai crescer em 2014. Analistas esperam um PIB de 0,2% no quarto ano de uma expansão moderada.
O famoso 'custo Brasil'
Em todo o país são 300.000 empresas na indústria da moda. Apesar do mercado ainda estar saudável, a indústria não passa por seu melhor momento.
O problema é o chamado 'custo Brasil' que, com impostos muito altos, burocracia, valor alto das matérias-primas e da mão de obra, encarece a produção local.
Somando a isso a qualidade que está longe dos padrões internacionais de luxo, a indústria brasileira está em uma posição desfavorável em relação às grandes marcas estrangeiras, porque não tem custo nem qualidade para enfrentá-las.
"Na Europa uma marca de luxo é muito mais acessível que no Brasil", diz Luciane Robic.
O mesmo ocorre em relação a gigantes de produção em massa como a China e outras nações asiáticas, com as quais os brasileiro não conseguem competir. O Brasil fica, então, um pouco no meio de tudo isso.
"Sem reduzir custos não haverá sucesso", alerta Paulo Borges.
Toda a coleção da Versace para Riachuelo foi produzida no Brasil. Para a C&A, somente uma parte.
Mas enquanto a indústria busca maneiras de se manter e expandir, o mercado por agora tem indicadores de boa saúde econômica.
As coleções da C&A e da Riachuelo serão promovidas na SPFW com a presença de Stella McCartney e Donatella Versace. A primeira terá peças de alfaiataria em tons pastéis com toques de azul marinho, dourado e preto.
A coleção da Versace para Riachuelo é a primeira colaboração internacional desta gigante brasileira que tem 228 lojas próprias e 22 milhões de clientes de suas próprias etiquetas.
"Versace é perfeita para o Brasil. Somos ousados, coloridos, vibrantes, sensuais, atrevidos e apaixonados, tudo o que a mulher brasileira ama", afirmou Donatella em entrevista à revista Elle.
Nesta coleção aparecem estampas de 'animal print' e cores como roxo, amarelo e coral, sem deixar de lado o clássico preto e o elegante 'off white'. O preço das peças flutuam entre 20 e 200 dólares, aproximadamente.
"O Brasil está atrasado dez anos em seus níveis de consumo com relação aos mercados internacionais. E continuará consumindo muito mais", disse Paulo Borges.
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