Vídeo que mostra assédio nas ruas de NY viraliza
NOVA YORK, 30 Out 2014 (AFP) - Um vídeo que mostra uma mulher sendo abordada por homens em ruas de Nova York se espalhou pela Internet, trazendo de volta o debate sobre o assédio sofrido por mulheres e grupos minoritários.
A gravação de dois minutos mostra a atriz Shoshana B. Roberts, andando de calça jeans escura justa e camiseta preta por Manhattan, enquanto uma série de homens a importuna com frases como "ei, linda" e "ei, baby".
Quando a atriz não se manifestava, era repreendida por ser rude e ouvia comentários para que sorrisse, ou que deveria agradecer pelo elogio.
Em um certo momento, o vídeo mostra Shoshana nitidamente amedrontada com um homem que andou ao seu lado na calçada, em silêncio, por 5 minutos.
Produzido para a organização sem fins lucrativos "Hollaback!", dedicada a combater o assédio nas ruas, "10 Hours of Walking in NYC as a Woman" (do inglês, "dez horas andando por NYC como uma mulher") já teve mais de 9 milhões de acessos no Youtube desde sua postagem na terça-feira.
No vídeo, disponível em , a atriz passou por pelo menos 100 situações de assédio verbal em dez horas, relataram os organizadores. Ela também sofreu inúmeras abordagens, como piscadelas e assobios.
O movimento afirma que mulheres, pessoas negras, homossexuais e transgêneros são, em particular, suscetíveis ao assédio nas ruas, o que deixa as vítimas vulneráveis a ataques.
Rob Bliss realizou a filmagem com uma câmera escondida em sua mochila, enquanto caminhava na frente de Roberts. Ele disse à AFP que tinha a intenção de mostrar aos homens como é realmente o assédio nas ruas em plena luz do dia e como as pessoas se sentem.
"Você pode rapidamente se sentir como um objeto, e isso é horrível", lamentou.
"Eu queria dar um pouco de apoio às mulheres e falar sobre suas experiências pessoais. Na maioria das vezes, elas não podem fugir dessas situações", acrescentou.
Shoshana afirmou que essa é uma realidade diária para ela. "Sou assediada quando sorrio e quando não sorrio. Sou assediada por homens brancos, negros e latinos. Não tem um dia em que eu não passe por isso", comentou.
"O vídeo mostra que outras pessoas têm suas próprias histórias, e nós mostramos para elas como isso é frequente", afirmou a atriz, em conversa com AFP por telefone.
Ela denunciou que recebeu ameaças por e-mail, mas destacou que maioria dos comentários foi "positiva".
"A maioria das reações por e-mail foi positiva, mas, infelizmente, algumas poucas foram negativas, dizendo que queriam me ferir, ou me matar. Vou à polícia, porque não me sinto segura", admitiu.
O assédio sexual nas ruas também é uma realidade na América Latina. Sobre esse tema, no blog "Focus" da AFP, a repórter de vídeo Celeste Jones descreve o assédio sofrido pelas jornalistas mulheres, sobretudo, durante as coberturas esportivas. O relato pode ser acessado em: http://u.afp.com/6o8.
A gravação de dois minutos mostra a atriz Shoshana B. Roberts, andando de calça jeans escura justa e camiseta preta por Manhattan, enquanto uma série de homens a importuna com frases como "ei, linda" e "ei, baby".
Quando a atriz não se manifestava, era repreendida por ser rude e ouvia comentários para que sorrisse, ou que deveria agradecer pelo elogio.
Em um certo momento, o vídeo mostra Shoshana nitidamente amedrontada com um homem que andou ao seu lado na calçada, em silêncio, por 5 minutos.
Produzido para a organização sem fins lucrativos "Hollaback!", dedicada a combater o assédio nas ruas, "10 Hours of Walking in NYC as a Woman" (do inglês, "dez horas andando por NYC como uma mulher") já teve mais de 9 milhões de acessos no Youtube desde sua postagem na terça-feira.
No vídeo, disponível em , a atriz passou por pelo menos 100 situações de assédio verbal em dez horas, relataram os organizadores. Ela também sofreu inúmeras abordagens, como piscadelas e assobios.
O movimento afirma que mulheres, pessoas negras, homossexuais e transgêneros são, em particular, suscetíveis ao assédio nas ruas, o que deixa as vítimas vulneráveis a ataques.
Rob Bliss realizou a filmagem com uma câmera escondida em sua mochila, enquanto caminhava na frente de Roberts. Ele disse à AFP que tinha a intenção de mostrar aos homens como é realmente o assédio nas ruas em plena luz do dia e como as pessoas se sentem.
"Você pode rapidamente se sentir como um objeto, e isso é horrível", lamentou.
"Eu queria dar um pouco de apoio às mulheres e falar sobre suas experiências pessoais. Na maioria das vezes, elas não podem fugir dessas situações", acrescentou.
Shoshana afirmou que essa é uma realidade diária para ela. "Sou assediada quando sorrio e quando não sorrio. Sou assediada por homens brancos, negros e latinos. Não tem um dia em que eu não passe por isso", comentou.
"O vídeo mostra que outras pessoas têm suas próprias histórias, e nós mostramos para elas como isso é frequente", afirmou a atriz, em conversa com AFP por telefone.
Ela denunciou que recebeu ameaças por e-mail, mas destacou que maioria dos comentários foi "positiva".
"A maioria das reações por e-mail foi positiva, mas, infelizmente, algumas poucas foram negativas, dizendo que queriam me ferir, ou me matar. Vou à polícia, porque não me sinto segura", admitiu.
O assédio sexual nas ruas também é uma realidade na América Latina. Sobre esse tema, no blog "Focus" da AFP, a repórter de vídeo Celeste Jones descreve o assédio sofrido pelas jornalistas mulheres, sobretudo, durante as coberturas esportivas. O relato pode ser acessado em: http://u.afp.com/6o8.
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