Robô rouba cena na versão japonesa de 'Metamorfose', de Kafka
O diretor de teatro japonês Oriza Hirata, que acaba de fazer uma adaptação de "Metamorfose", de Franz Kafka, teve a ideia surpreendente de substituir a barata por um robô.
Para preparar esse espetáculo teatral, Oriza Hirata levou durante um mês a pequena tropa de atores a Kinosaki, uma cidade perdida no oeste do Japão: quatro atores franceses, entre eles Irène Jacob, e também Hiroshi Ishiguro, um dos grandes especialistas japoneses de robótica.
O "trabalho" desse criador de androides é conseguir que o ator-robô desperte os sentimentos do público.
"Queria que o público conseguisse se emocionar com um robô", explicou o diretor à AFP.
"Às vezes, você tem a impressão de que talvez seja mais do que um robô, às vezes não. Um equilíbrio interessante, já que, no fundo, você não sabe mais", disse Irène Jacob.
Protagonista do espetáculo, o robô metálico, que aparece debaixo de um lençol branco no centro de um cenário austero, fala francês com legenda em japonês, exibida em um monitor. Do lençol, aparece um rosto branco, uma máscara de Pierrô lunar e mãos com luvas.
Em alguma parte da sala, o rosto, os olhos, a boca e os braços são animados com um computador.
"A Metamorfose, versão Androide" está em cartaz em Yokohama, a grande cidade portuária próxima de Tóquio, antes de seguir para a Europa, onde participará da abertura do Festival de Outono da Normandia, no noroeste da França.
Celebrado entre 12 de novembro e 9 de dezembro, esse festival reúne teatro, música e dança e, este ano, tem como lema "l'humain e(s)t l'artificiel" (O humano e/é o artificial).
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