Lagerfeld desfila manifestação feminista para a Chanel
PARIS, 30 Set 2014 (AFP) - O estilista alemão Karl Lagerfeld levou a moda para a rua - sem homens - e apresentou nesta terça-feira, em Paris, sua coleção primavera/verão 2015 para a Chanel, encenando uma manifestação feminista com um elenco de top models, entre elas a brasileira Gisele Bündchen.
Com cartazes que diziam "Faça moda, não faça guerra!", "Feminismo e não masoquismo!", as modelos desfilaram como manifestantes em uma rua tipicamente parisiense, reconstruída especialmente para a ocasião sob o teto do Grand Palais.
O australiano Baz Luhrmann, diretor do filme "O Grande Gatsby", a atriz franco-americana Julie Delpy e a editora da Vogue americana Anna Wintour assistiram ao desfile na primeira fila.
Lagerfeld também levou grandes tops para a passarela: ao lado da ubermodel Gisele Bündchen, Kendall Jenner e Cara Delevingne desfilaram looks chamativos que pareciam saídos da era psicodélica.
Em entrevista após o desfile, Lagerfeld explicou que sua mãe foi uma feminista e declarou que, para ele, a causa está vivendo um retrocesso. "Ela me dizia quando era pequeno: os homens não são muito importantes. Quando não se é muito feia, se pode ter um filho com qualquer um".
- "Divórcio para todos" -
Uma semana após o discurso de Emma Watson na ONU em favor dos direitos da mulher, os cartazes nas mãos das modelos feministas da maison fundada por Coco Chanel proclamavam: "Divórcio para todos" e "Libertem a liberdade".
"Acho que chegou a hora de insistir (sobre a mensagem) mais uma vez, especialmente na França. A atmosfera está muito hostil, em especial com esse partido (de extrema-direita), a Frente Nacional", disse o estilista.
Lagerfeld descreveu sua coleção como um jogo de mistura e combinação de estilos, e convidou as mulheres a serem criativas. Vários looks traziam o clássico blazer em tweed de modelagem masculina, escondendo quase por completa a forma do corpo feminino.
"Não é uma coleção que se tenha que usar toda, mas sim jogar com os elementos. É menos sobre moda do que um modo de vida", disse, antes de acrescentar: "Aqui não se trata de alguém dizendo o que se tem que usar, não tem porque fazer isso. Façam vocês mesmas. Vistam-se vocês mesmas", proclamou Lagerfeld. "Para a Chanel, o dia da mulher é todo os dias".
O desfile foi uma explosão de cores, como uma aquarela psicodélica em botas, lenços e casacos. Ou numa camisa, usada sob o aparato de tailleur e calças folgadas na cor cinza.
Os sapatos são tipo 'oxford' dourados e abertos, arrematados por uma tornozeleira. Eles são usados com meias e cinto combinando, um vestido chemise de gola ampla ou de um shortinho alfaiataria preto de finas listras brancas.
A paleta de cores volta a ficar sóbria, com conjuntos brancos, pretos e azul marinho. Um suéter dourado combinado com um vestidinho preto rendado dá um "up" estratégico no visual proposto pela maison Chanel.
As modelos desfilaram sozinhas ou em pequenos grupos, sorridentes e conversando entre elas, cercadas por fotos gigantes de prédios parisienses.
A Semana de Moda de Paris termina nesta quarta-feira com os desfiles das grifes Louis Vuitton e Hermès.
ltl-alm-har.zm/cr-mm
Com cartazes que diziam "Faça moda, não faça guerra!", "Feminismo e não masoquismo!", as modelos desfilaram como manifestantes em uma rua tipicamente parisiense, reconstruída especialmente para a ocasião sob o teto do Grand Palais.
O australiano Baz Luhrmann, diretor do filme "O Grande Gatsby", a atriz franco-americana Julie Delpy e a editora da Vogue americana Anna Wintour assistiram ao desfile na primeira fila.
Lagerfeld também levou grandes tops para a passarela: ao lado da ubermodel Gisele Bündchen, Kendall Jenner e Cara Delevingne desfilaram looks chamativos que pareciam saídos da era psicodélica.
Em entrevista após o desfile, Lagerfeld explicou que sua mãe foi uma feminista e declarou que, para ele, a causa está vivendo um retrocesso. "Ela me dizia quando era pequeno: os homens não são muito importantes. Quando não se é muito feia, se pode ter um filho com qualquer um".
- "Divórcio para todos" -
Uma semana após o discurso de Emma Watson na ONU em favor dos direitos da mulher, os cartazes nas mãos das modelos feministas da maison fundada por Coco Chanel proclamavam: "Divórcio para todos" e "Libertem a liberdade".
"Acho que chegou a hora de insistir (sobre a mensagem) mais uma vez, especialmente na França. A atmosfera está muito hostil, em especial com esse partido (de extrema-direita), a Frente Nacional", disse o estilista.
Lagerfeld descreveu sua coleção como um jogo de mistura e combinação de estilos, e convidou as mulheres a serem criativas. Vários looks traziam o clássico blazer em tweed de modelagem masculina, escondendo quase por completa a forma do corpo feminino.
"Não é uma coleção que se tenha que usar toda, mas sim jogar com os elementos. É menos sobre moda do que um modo de vida", disse, antes de acrescentar: "Aqui não se trata de alguém dizendo o que se tem que usar, não tem porque fazer isso. Façam vocês mesmas. Vistam-se vocês mesmas", proclamou Lagerfeld. "Para a Chanel, o dia da mulher é todo os dias".
O desfile foi uma explosão de cores, como uma aquarela psicodélica em botas, lenços e casacos. Ou numa camisa, usada sob o aparato de tailleur e calças folgadas na cor cinza.
Os sapatos são tipo 'oxford' dourados e abertos, arrematados por uma tornozeleira. Eles são usados com meias e cinto combinando, um vestido chemise de gola ampla ou de um shortinho alfaiataria preto de finas listras brancas.
A paleta de cores volta a ficar sóbria, com conjuntos brancos, pretos e azul marinho. Um suéter dourado combinado com um vestidinho preto rendado dá um "up" estratégico no visual proposto pela maison Chanel.
As modelos desfilaram sozinhas ou em pequenos grupos, sorridentes e conversando entre elas, cercadas por fotos gigantes de prédios parisienses.
A Semana de Moda de Paris termina nesta quarta-feira com os desfiles das grifes Louis Vuitton e Hermès.
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