Iraque pede ajuda para enfrentar extremistas e recebe apoio do Irã
BAGDA, 24 Ago 2014 (AFP) - O ministro iraquiano das Relações Exteriores pediu neste domingo à comunidade internacional ajuda ao país para lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), recebendo o apoio do chefe da diplomacia iraniana.
Washington aumentou o tom contra os jihadistas depois da decapitação do jornalista James Foley na Síria, considerada "um ataque terrorista contra o país".
Apesar do apoio americano, o Iraque está enfrentando dificuldades para recuperar o território controlado pelo EI, que iniciou uma ofensiva em junho que permitiu aos ultra-radicais controlar amplas regiões de cinco províncias.
O Iraque "precisa de ajuda e apoio todo o mundo (...) contra o terrorismo", mas não sob a forma de envio de tropas, já que "não faltam homens para combater", declarou o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, em uma entrevista coletiva à imprensa.
Os chefes da diplomacia de Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar e um alto funcionário jordaniano se reuniram neste domingo na cidade saudita de Jidá para discutir o avanço do EI na Síria e no Iraque.
Mohamad Javad Zarif, ministro iraniano das Relações Exteriores, que iniciou uma visita de dois dias ao vizinho Iraque, expressou na mesma coletiva de imprensa o seu apoio a este país, mas desmentiu a presença de soldados iranianos em território iraquiano.
"Cooperamos e trabalhamos (...) com o governo iraquiano e com o governo curdo para derrotar esse grupo", disse, referindo-se ao EI.
"Mas não acreditamos que (os governos curdo e iraquiano) precisem da presença de soldados iranianos", acrescentou o ministro iraniano.
Mas a morte de um piloto iraniano em combate no Iraque no mês passado e a suposta presença de aviões militares procedentes do Irã, segundo especialistas, sugerem um envolvimento iraniano maior.
O Irã também iniciou discussões com alguns países europeus sobre a luta contra o EI, embora tenha descartado uma cooperação militar com os Estados Unidos, seu inimigo histórico.
Ataque a refinaria
Neste domingo, combates continuavam sendo travados na refinaria de Baiji (norte de Bagdá), principal do país, atacada novamente pelos jihadistas no sábado.
O número de vítimas em uma série de ataques no sábado aumentou neste domingo para 37 mortos e mais de 150 feridos, enquanto as autoridades tentam reduzir a tensão religiosa, depois que 70 pessoas morreram na sexta-feira em uma mesquita sunita em Diyala (nordeste de Bagdá) em poder de supostos milicianos xiitas.
O ataque pode aumentar a revolta da minoria sunita com o governo xiita em Bagdá.
O primeiro-ministro designado, Haidar al-Abadi, pediu aos seus compatriotas que "se unam para impedir que os inimigos do Iraque provoquem instabilidade".
Abadi foi nomeado para formar um governo de unidade que inclua todas as minorias, principalmente os sunitas, que se sentiam excluídos pelo contestado ex-primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, e toleraram inclusive o EI em alguns casos.
Washington aumentou o tom contra os jihadistas depois da decapitação do jornalista James Foley na Síria, considerada "um ataque terrorista contra o país".
Apesar do apoio americano, o Iraque está enfrentando dificuldades para recuperar o território controlado pelo EI, que iniciou uma ofensiva em junho que permitiu aos ultra-radicais controlar amplas regiões de cinco províncias.
O Iraque "precisa de ajuda e apoio todo o mundo (...) contra o terrorismo", mas não sob a forma de envio de tropas, já que "não faltam homens para combater", declarou o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, em uma entrevista coletiva à imprensa.
Os chefes da diplomacia de Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar e um alto funcionário jordaniano se reuniram neste domingo na cidade saudita de Jidá para discutir o avanço do EI na Síria e no Iraque.
Mohamad Javad Zarif, ministro iraniano das Relações Exteriores, que iniciou uma visita de dois dias ao vizinho Iraque, expressou na mesma coletiva de imprensa o seu apoio a este país, mas desmentiu a presença de soldados iranianos em território iraquiano.
"Cooperamos e trabalhamos (...) com o governo iraquiano e com o governo curdo para derrotar esse grupo", disse, referindo-se ao EI.
"Mas não acreditamos que (os governos curdo e iraquiano) precisem da presença de soldados iranianos", acrescentou o ministro iraniano.
Mas a morte de um piloto iraniano em combate no Iraque no mês passado e a suposta presença de aviões militares procedentes do Irã, segundo especialistas, sugerem um envolvimento iraniano maior.
O Irã também iniciou discussões com alguns países europeus sobre a luta contra o EI, embora tenha descartado uma cooperação militar com os Estados Unidos, seu inimigo histórico.
Ataque a refinaria
Neste domingo, combates continuavam sendo travados na refinaria de Baiji (norte de Bagdá), principal do país, atacada novamente pelos jihadistas no sábado.
O número de vítimas em uma série de ataques no sábado aumentou neste domingo para 37 mortos e mais de 150 feridos, enquanto as autoridades tentam reduzir a tensão religiosa, depois que 70 pessoas morreram na sexta-feira em uma mesquita sunita em Diyala (nordeste de Bagdá) em poder de supostos milicianos xiitas.
O ataque pode aumentar a revolta da minoria sunita com o governo xiita em Bagdá.
O primeiro-ministro designado, Haidar al-Abadi, pediu aos seus compatriotas que "se unam para impedir que os inimigos do Iraque provoquem instabilidade".
Abadi foi nomeado para formar um governo de unidade que inclua todas as minorias, principalmente os sunitas, que se sentiam excluídos pelo contestado ex-primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, e toleraram inclusive o EI em alguns casos.
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