Site de encontros online OkCupid admite experiências com usuários
SAN FRANCISCO, 30 Jul 2014 (AFP) - Um mês depois de o Facebook ser acusado de manipular as emoções de seus usuários, o site de encontros americano OkCupid decidiu sair do armário, ao reconhecer que também fez experiências com pessoas e vinculou casais incompatíveis para ver o que acontecia.
Um dos mais populares sites de encontros online dos Estados Unidos, o OkCupid informou ter redefinido sua fórmula para unir casais com a ideia de estudar melhor a arte (ou o negócio) de servir de cupido.
Seu fundador, Christian Rudder, escreveu essa confissão na segunda-feira, em um post publicado em seu blog, intitulado "Fizemos experiências com seres humanos", depois que uma onda de críticas se abateu sobre o Facebook por manipular os posts no feed de notícias de seus usuários para estudar como eles influenciavam as emoções.
"Notamos recentemente que as pessoas não gostaram que o Facebook fizesse experiências com seus perfis", disse Rudder.
"Mas, adivinhem: se usam a internet, vocês estão sujeitos a centenas de experiências a qualquer momento, em qualquer lugar. É assim que funcionam as páginas na internet", acrescentou.
No OkCupid, o usuário cria um perfil com fotos e escreve uma curta auto-descrição. Também deve responder um longo questionário, destinado a definir sua personalidade e seus gostos. Com base nessas informações, o site sugere ao usuário parceiros em potencial, indicando o percentual de afinidades. Assim, se um pretendente aparece com potencial de 95%, as chances de a chama do amor acender são altas.
Mas, Rudder escreveu em seu blog que o OkCupid omitiu textos dos perfis para determinar a importância das palavras frente às fotografias. Também admitiu ter dito a pessoas incompatíveis que eram casais ideais (com mais de 90% de afinidades), para estudar o alcance do poder da sugestão nas equações românticas.
- Previsivelmente, uma imagem vale mais que mil palavras - O OkCupid descobriu que as palavras importam pouco quando comparadas com as fotos e que apenas dizer a duas pessoas incompatíveis que formam o casal ideal é o suficiente para que ambos concordem.
"Quando dizemos a duas pessoas que são um bom casal, eles agem como se fossem", disse Rudder.
Depois o OkCupid testou o sistema, dizendo a duas pessoas que tinham afinidades perfeitas que seriam um casal terrível.
Acontece que, neste caso, os envolvidos se inclinaram a desafiar o poder da sugestão e tiveram relacionamentos bem sucedidos de qualquer forma, segundo as estatísticas publicadas no OkCupid.
Rudder acrescentou que, embora o OkCupid seja uma página de sucesso, ainda muito a descobrir no que diz respeito à função de cupido.
"Na verdade, o OkCupid não sabe o que faz", escreveu. "Ninguém sabe, em nenhum outro site. A maioria das ideias é ruim. Mesmo as boas ideias poderiam ser melhores. As experiências são a única forma de checar".
No começo de julho, autoridades britânicas informaram que investigariam o Facebook por causa de uma experiência na qual o popular site de relacionamentos manipulou os sentimentos dos usuários, o que levou a um pedido de desculpas público por parte de seus responsáveis.
Em janeiro de 2012, o Facebook manipulou as informações de 700.000 usuários anglófonos para um estudo científico sobre o "contágio emocional" dos grupos. O resultado demonstrou que os usuários utilizam mais palavras negativas ou positivas segundo o alcance dos conteúdos aos quais são expostos.
Um dos mais populares sites de encontros online dos Estados Unidos, o OkCupid informou ter redefinido sua fórmula para unir casais com a ideia de estudar melhor a arte (ou o negócio) de servir de cupido.
Seu fundador, Christian Rudder, escreveu essa confissão na segunda-feira, em um post publicado em seu blog, intitulado "Fizemos experiências com seres humanos", depois que uma onda de críticas se abateu sobre o Facebook por manipular os posts no feed de notícias de seus usuários para estudar como eles influenciavam as emoções.
"Notamos recentemente que as pessoas não gostaram que o Facebook fizesse experiências com seus perfis", disse Rudder.
"Mas, adivinhem: se usam a internet, vocês estão sujeitos a centenas de experiências a qualquer momento, em qualquer lugar. É assim que funcionam as páginas na internet", acrescentou.
No OkCupid, o usuário cria um perfil com fotos e escreve uma curta auto-descrição. Também deve responder um longo questionário, destinado a definir sua personalidade e seus gostos. Com base nessas informações, o site sugere ao usuário parceiros em potencial, indicando o percentual de afinidades. Assim, se um pretendente aparece com potencial de 95%, as chances de a chama do amor acender são altas.
Mas, Rudder escreveu em seu blog que o OkCupid omitiu textos dos perfis para determinar a importância das palavras frente às fotografias. Também admitiu ter dito a pessoas incompatíveis que eram casais ideais (com mais de 90% de afinidades), para estudar o alcance do poder da sugestão nas equações românticas.
- Previsivelmente, uma imagem vale mais que mil palavras - O OkCupid descobriu que as palavras importam pouco quando comparadas com as fotos e que apenas dizer a duas pessoas incompatíveis que formam o casal ideal é o suficiente para que ambos concordem.
"Quando dizemos a duas pessoas que são um bom casal, eles agem como se fossem", disse Rudder.
Depois o OkCupid testou o sistema, dizendo a duas pessoas que tinham afinidades perfeitas que seriam um casal terrível.
Acontece que, neste caso, os envolvidos se inclinaram a desafiar o poder da sugestão e tiveram relacionamentos bem sucedidos de qualquer forma, segundo as estatísticas publicadas no OkCupid.
Rudder acrescentou que, embora o OkCupid seja uma página de sucesso, ainda muito a descobrir no que diz respeito à função de cupido.
"Na verdade, o OkCupid não sabe o que faz", escreveu. "Ninguém sabe, em nenhum outro site. A maioria das ideias é ruim. Mesmo as boas ideias poderiam ser melhores. As experiências são a única forma de checar".
No começo de julho, autoridades britânicas informaram que investigariam o Facebook por causa de uma experiência na qual o popular site de relacionamentos manipulou os sentimentos dos usuários, o que levou a um pedido de desculpas público por parte de seus responsáveis.
Em janeiro de 2012, o Facebook manipulou as informações de 700.000 usuários anglófonos para um estudo científico sobre o "contágio emocional" dos grupos. O resultado demonstrou que os usuários utilizam mais palavras negativas ou positivas segundo o alcance dos conteúdos aos quais são expostos.
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