Diretor de filme sobre DSK nega acusações de antissemitismo
CANNES, França, 18 Mai 2014 (AFP) - Abel Ferrara, diretor do polêmico filme "Welcome to New York", inspirado no escândalo DSK, rebateu acusações de antissemitismo em entrevista à AFP neste domingo.
"Eu não sou antissemita. Espero que não seja. Fui criado por mulheres judias", disse o norte-americano Ferrara.
O jornal francês Le Monde e a ex-mulher de Dominique Strauss-Kahn, Anne Sinclair, avaliaram que a descrição da esposa do protagonista, interpretada pela britânica Jacqueline Bisset, é antissemita.
A personagem é apresentada como uma mulher rica, que ajuda o estado de Israel e herdou uma fortuna acumulada durante a guerra.
Em entrevista ao site The Huffington Post, a jornalista Anne Sinclair falou sobre seu "desgosto ao ver o suposto cara-a-cara dos protagonistas, onde os autores e produtores do filme projetam seus fantasmas sobre o dinheiro e os judeus".
"As alusões à minha família durante a guerra são particularmente degradantes e difamatórias. Elas contam exatamente o contrário do que aconteceu. Meu avô (o comerciante de arte Paul Rosenberg, ndlr) teve que fugir dos nazistas, e teve a nacionalidade francesa retirada pelo governo de Vichy. Meu pai entrou na França Livre e lutou até a Liberação. Dizer outra coisa que não isso é calúnia", continua Sinclair, chamando os ataques de "claramente antissemitas".
A jornalista explica que, mesmo assim, não pretende levar o caso à justiça. "Eu não ataco a sujeira, eu a vomito".
Questionado pouco antes da publicação da entrevista de Sinclair, Abel Ferrara se defende e diz não ter manchado a memória do pai da ex-mulher de DSK. "Não foi um colaborador. Ele quase foi morto pela Gestapo. Ele foi justamente o oposto disso, e quase teve o mesmo destino que outros seis milhões de judeus".
"Eu não sou antissemita. Espero que não seja. Fui criado por mulheres judias", disse o norte-americano Ferrara.
O jornal francês Le Monde e a ex-mulher de Dominique Strauss-Kahn, Anne Sinclair, avaliaram que a descrição da esposa do protagonista, interpretada pela britânica Jacqueline Bisset, é antissemita.
A personagem é apresentada como uma mulher rica, que ajuda o estado de Israel e herdou uma fortuna acumulada durante a guerra.
Em entrevista ao site The Huffington Post, a jornalista Anne Sinclair falou sobre seu "desgosto ao ver o suposto cara-a-cara dos protagonistas, onde os autores e produtores do filme projetam seus fantasmas sobre o dinheiro e os judeus".
"As alusões à minha família durante a guerra são particularmente degradantes e difamatórias. Elas contam exatamente o contrário do que aconteceu. Meu avô (o comerciante de arte Paul Rosenberg, ndlr) teve que fugir dos nazistas, e teve a nacionalidade francesa retirada pelo governo de Vichy. Meu pai entrou na França Livre e lutou até a Liberação. Dizer outra coisa que não isso é calúnia", continua Sinclair, chamando os ataques de "claramente antissemitas".
A jornalista explica que, mesmo assim, não pretende levar o caso à justiça. "Eu não ataco a sujeira, eu a vomito".
Questionado pouco antes da publicação da entrevista de Sinclair, Abel Ferrara se defende e diz não ter manchado a memória do pai da ex-mulher de DSK. "Não foi um colaborador. Ele quase foi morto pela Gestapo. Ele foi justamente o oposto disso, e quase teve o mesmo destino que outros seis milhões de judeus".
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