Reveladas duas tumbas de chefes militares do Egito faraônico
As descobertas da Universidade de Arqueologia do Cairo são uma nova confirmação de que a cidade antiga de Mêmfis, vizinha a Saqqara, "situava-se em um importante centro administrativo, enquanto Luxor (no sul) se tornava a verdadeira capital" do Novo Império (1550-1070 antes de Cristo), estimou o ministro egípcio de Antiguidades, Mohammed Ibrahim.
A primeira tumba, em calcário e datada do fim do período ramessida, pertenceu a Paser, chefe dos arquivos militares e emissário do faraó ao exterior, explicou a jornalistas a chefe da missão, Ola El-Aguizy.
Em seu interior, baixos relevos nas cores vermelha, azul e amarela estão quase intactos e representam o tribunal do Além, presidido por Osíris, deus funerário e juiz das almas no Egito faraônico, a mulher de Paser chorando pelo falecido, e este último com os dois filhos, apresentando oferendas aos deuses.
A segunda tumba, em tijolos de terracota, pertenceu a Ptahmes, chefe do Exército e da tesouraria de Seti I e Ramsés II, um dos faraós mais célebres, conhecido por suas proezas militares e pelos monumentos suntuosos construídos durante o seu reinado, acrescentou Aguizy.
Desde o século XIX, arqueólogos têm descoberto pilares e baixos relevos que provam a existência dessa sepultura, exibidos em museus dos Estados Unidos, da Holanda e da Alemanha, mas a tumba em si só foi exposta há três anos, segundo a pesquisadora.
Ela contém cenas de pesca esculpidas e pintadas em vermelho, assim como inscrições fúnebres em hieróglifos.
ra-tgg/sbh/emb/sw/mvv/tt
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