Twitter descarta abrir escritório na Turquia
ANCARA, 16 Abr 2014 (AFP) - O Twitter descartou nesta quarta-feira a possibilidade de abrir um escritório na Turquia, como pedem as autoridades turcas, e negou sonegar impostos, depois que o primeiro-ministro turco acusou a empresa de evasão fiscal.
"Não aceitamos abrir um escritório na Turquia. Investir mais aqui para que nossos negócios cresçam depende da possibilidade de poder contar com a continuidade do serviço", declarou à AFP Colin Crowell, vice-presidente do Twitter.
Diretores do Twitter se reuniram na segunda-feira com autoridades do governo turco, pela primeira vez desde a polêmica sobre o conteúdo das redes sociais.
Eram as primeiras negociações diretas desde que Ancara bloqueou o acesso à rede social no mês passado, depois que foram divulgadas mensagens acusando de corrupção pessoas próximas ao primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan. O governo turco acusou o Twitter de ter ignorado várias ordens legais de retirar os links considerados ilegais.
Ancara precisou suspender o bloqueio no dia 3 de abril, depois que o Tribunal Constitucional considerou que a medida era contrária à liberdade de expressão.
Mas no sábado Erdogan acusou a página da internet de evasão fiscal.
"Twitter, YouTube e Facebook são empresas internacionais criadas para obter lucros", declarou Erdogan.
"Além disso, o Twitter é um fraudador fiscal. O perseguiremos", acrescentou.
O governo turco exige que a empresa, com sede em San Francisco e que não possui nenhuma base operacional na Turquia, abra no país um escritório e pague impostos turcos.
O Twitter negou as acusações, afirmando que tem uma filial na Turquia que paga os impostos correspondentes.
"Temos uma filial na Turquia que paga os impostos exigidos, assim como muitas outras empresas que fazem negócios aqui", declarou Crowell.
Vários governos europeus acusaram multinacionais como Twitter, Google, Apple ou Amazon de não pagar os impostos que deveriam, utilizando sofisticados mecanismos legais de otimização fiscal.
Crowell também confirmou que o Twitter havia proibido o acesso de internautas turcos a várias contas que haviam irritado o governo de Ancara.
"Aplicamos nossa política de 'conteúdo retido por país': fechamos as contas na Turquia, mas as deixamos abertas em outros locais", explicou Crowell. "Quando fazemos isso, tentamos ser os mais transparentes possíveis com nossos usuários", concluiu.
dg-pa/dmc/ra/ma
"Não aceitamos abrir um escritório na Turquia. Investir mais aqui para que nossos negócios cresçam depende da possibilidade de poder contar com a continuidade do serviço", declarou à AFP Colin Crowell, vice-presidente do Twitter.
Diretores do Twitter se reuniram na segunda-feira com autoridades do governo turco, pela primeira vez desde a polêmica sobre o conteúdo das redes sociais.
Eram as primeiras negociações diretas desde que Ancara bloqueou o acesso à rede social no mês passado, depois que foram divulgadas mensagens acusando de corrupção pessoas próximas ao primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan. O governo turco acusou o Twitter de ter ignorado várias ordens legais de retirar os links considerados ilegais.
Ancara precisou suspender o bloqueio no dia 3 de abril, depois que o Tribunal Constitucional considerou que a medida era contrária à liberdade de expressão.
Mas no sábado Erdogan acusou a página da internet de evasão fiscal.
"Twitter, YouTube e Facebook são empresas internacionais criadas para obter lucros", declarou Erdogan.
"Além disso, o Twitter é um fraudador fiscal. O perseguiremos", acrescentou.
O governo turco exige que a empresa, com sede em San Francisco e que não possui nenhuma base operacional na Turquia, abra no país um escritório e pague impostos turcos.
O Twitter negou as acusações, afirmando que tem uma filial na Turquia que paga os impostos correspondentes.
"Temos uma filial na Turquia que paga os impostos exigidos, assim como muitas outras empresas que fazem negócios aqui", declarou Crowell.
Vários governos europeus acusaram multinacionais como Twitter, Google, Apple ou Amazon de não pagar os impostos que deveriam, utilizando sofisticados mecanismos legais de otimização fiscal.
Crowell também confirmou que o Twitter havia proibido o acesso de internautas turcos a várias contas que haviam irritado o governo de Ancara.
"Aplicamos nossa política de 'conteúdo retido por país': fechamos as contas na Turquia, mas as deixamos abertas em outros locais", explicou Crowell. "Quando fazemos isso, tentamos ser os mais transparentes possíveis com nossos usuários", concluiu.
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