Presidente turco denuncia bloqueio do Twitter pelo governo
ANCARA, 21 Mar 2014 (AFP) - O presidente turco, Abdullah Gul, enviou nesta sexta-feira uma mensagem no Twitter denunciando o bloqueio durante a noite desta rede social por parte do governo islamita conservador do primeiro-ministro, Recep Tayip Erdogan, atingido por um escândalo de corrupção.
"Não podemos aprovar um bloqueio total de uma plataforma de redes sociais (...) Espero que esta situação não dure muito tempo", escreveu o presidente.
Gul, que já havia se oposto uma primeira vez ao primeiro-ministro quando ele ameaçou proibir o Facebook e o YouTube, em outubro, expressou novamente suas divergências.
"Como já disse em várias ocasiões, é impossível bloquear inteiramente o acesso técnico a plataformas sociais como o Twitter", repetiu nesta sexta-feira o chefe de Estado, ressaltando que apenas uma ação judicial contra alguns sites poderia justificar um fechamento.
A Turquia bloqueou, na noite de quinta-feira, o acesso ao Twitter, algumas horas após Erdogan ameaçar proibir a rede social, havia informado o jornal local Hurriyet.
"Nós vamos bloquear o Twitter. Não estou nem aí para o que a comunidade internacional vai dizer", afirmou Erdogan diante de milhares de simpatizantes durante um comício realizado a 10 dias das eleições municipais, previstas para o próximo dia 30 de março.
"Eles verão a força da Turquia", provocou.
O Twitter reagiu imediatamente e explicou que os turcos podem driblar o bloqueio enviando mensagens através de seus smartphones.
Em Bruxelas, a comissária europeia para Novas Tecnologias, Neelie Kroes, afirmou que a "proibição do Twitter na Turquia não tem fundamento, é inútil e covarde", e tanto o povo turco quanto a comunidade internacional a verão como "censura".
Há três semanas, Erdogan virou alvo de investigações após a divulgação, nas redes sociais, de gravações de conversas telefônicas grampeadas.
As escutas, que o chefe do governo havia inicialmente classificado de "montagens", antes de reconhecer a veracidade de algumas, provocaram a ira da oposição e causaram diversas manifestações nas maiores cidades do país, todas pedindo sua renúncia.
A partir de meados de dezembro, o premiê, que governa a Turquia desde 2002, está envolvido em escândalos de corrupção relacionados a desvios de dinheiro.
"Não podemos aprovar um bloqueio total de uma plataforma de redes sociais (...) Espero que esta situação não dure muito tempo", escreveu o presidente.
Gul, que já havia se oposto uma primeira vez ao primeiro-ministro quando ele ameaçou proibir o Facebook e o YouTube, em outubro, expressou novamente suas divergências.
"Como já disse em várias ocasiões, é impossível bloquear inteiramente o acesso técnico a plataformas sociais como o Twitter", repetiu nesta sexta-feira o chefe de Estado, ressaltando que apenas uma ação judicial contra alguns sites poderia justificar um fechamento.
A Turquia bloqueou, na noite de quinta-feira, o acesso ao Twitter, algumas horas após Erdogan ameaçar proibir a rede social, havia informado o jornal local Hurriyet.
"Nós vamos bloquear o Twitter. Não estou nem aí para o que a comunidade internacional vai dizer", afirmou Erdogan diante de milhares de simpatizantes durante um comício realizado a 10 dias das eleições municipais, previstas para o próximo dia 30 de março.
"Eles verão a força da Turquia", provocou.
O Twitter reagiu imediatamente e explicou que os turcos podem driblar o bloqueio enviando mensagens através de seus smartphones.
Em Bruxelas, a comissária europeia para Novas Tecnologias, Neelie Kroes, afirmou que a "proibição do Twitter na Turquia não tem fundamento, é inútil e covarde", e tanto o povo turco quanto a comunidade internacional a verão como "censura".
Há três semanas, Erdogan virou alvo de investigações após a divulgação, nas redes sociais, de gravações de conversas telefônicas grampeadas.
As escutas, que o chefe do governo havia inicialmente classificado de "montagens", antes de reconhecer a veracidade de algumas, provocaram a ira da oposição e causaram diversas manifestações nas maiores cidades do país, todas pedindo sua renúncia.
A partir de meados de dezembro, o premiê, que governa a Turquia desde 2002, está envolvido em escândalos de corrupção relacionados a desvios de dinheiro.
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