Indignação na Itália por roubo de afresco em Pompeia
POMPEIA, Itália, 18 Mar 2014 (AFP) - O roubo de um fragmento de um afresco histórico em Pompeia, cidade sepultada pelo vulcão Vesúvio, gerou indignação na Itália, pelo abandono de um de seus maiores tesouros arqueológicos.
O saque ocorreu em um local fechado ao público, na chamada Casa de Netuno, onde a vigilância é menor.
O fragmento, que tinha 20 centímetros de diâmetro e retrava os deuses greco-romanos Apolo e Artemis, foi arrancado com um cinzel, explicou a superintendência arqueológica da cidade, que estima que a obra foi gravemente danificada.
O caso foi descoberto por um vigia em 12 de março, mas foi mantido em segredo a pedido dos investigadores, que estão interrogando todos os funcionários do complexo arqueológico.
O professor Umberto Pappalardo, especialista em Arqueologia, descartou a hipótese de roubo realizado com o objetivo de vender o artefato.
"Foram deliquentes locais. Vender essa peça será muito difícil", explicou à AFP.
O novo superintendente de Pompeia, Massimo Osanna, assegurou que estão sendo empregados todos os mecanismos para buscar a obra, e que a vigilância do local foi reforçada.
- Problemas burocráticos - As condições em que se encontra o imenso parque arqueológico, palco de diversos desmoronamentos nos últimos anos, foram classificadas como "uma vergonha" para a Itália pelo jornal "Il Messaggero".
As célebres ruínas, um dos lugares mais visitados do país, permitem que os historiadores tenham um quadro exato da vida romana no século I. A cidade foi sepultada pelo Vesúvio no ano 79.
"Pompeia está morrendo por negligência e burocracia", na opinião de Andrea Marcucci, presidente da comissão de Cultura do Senado.
Há três anos desmoronamentos têm chamado a atenção para a manutenção precária do parque.
Segundo o jornal "Il Corriere della Sera", um dos maiores problemas é elaborar projetos que respeitem os critérios exigidos pela União Europeia.
Dos 105 milhões de euros aprovados para recuperar Pompeia, só foram investidos 558.000, o que corresponde a 0,56%, segundo dados do jornal.
bur-kv/ame/dg/dm
O saque ocorreu em um local fechado ao público, na chamada Casa de Netuno, onde a vigilância é menor.
O fragmento, que tinha 20 centímetros de diâmetro e retrava os deuses greco-romanos Apolo e Artemis, foi arrancado com um cinzel, explicou a superintendência arqueológica da cidade, que estima que a obra foi gravemente danificada.
O caso foi descoberto por um vigia em 12 de março, mas foi mantido em segredo a pedido dos investigadores, que estão interrogando todos os funcionários do complexo arqueológico.
O professor Umberto Pappalardo, especialista em Arqueologia, descartou a hipótese de roubo realizado com o objetivo de vender o artefato.
"Foram deliquentes locais. Vender essa peça será muito difícil", explicou à AFP.
O novo superintendente de Pompeia, Massimo Osanna, assegurou que estão sendo empregados todos os mecanismos para buscar a obra, e que a vigilância do local foi reforçada.
- Problemas burocráticos - As condições em que se encontra o imenso parque arqueológico, palco de diversos desmoronamentos nos últimos anos, foram classificadas como "uma vergonha" para a Itália pelo jornal "Il Messaggero".
As célebres ruínas, um dos lugares mais visitados do país, permitem que os historiadores tenham um quadro exato da vida romana no século I. A cidade foi sepultada pelo Vesúvio no ano 79.
"Pompeia está morrendo por negligência e burocracia", na opinião de Andrea Marcucci, presidente da comissão de Cultura do Senado.
Há três anos desmoronamentos têm chamado a atenção para a manutenção precária do parque.
Segundo o jornal "Il Corriere della Sera", um dos maiores problemas é elaborar projetos que respeitem os critérios exigidos pela União Europeia.
Dos 105 milhões de euros aprovados para recuperar Pompeia, só foram investidos 558.000, o que corresponde a 0,56%, segundo dados do jornal.
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