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Placas usadas para tatuar prisioneiros judeus doadas a Auschwitz

13/03/2014 16h13

VARSõVIA, 13 Mar 2014 (AFP) - O museu do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau obteve cinco originais raros de placas metálicas que serviam para tatuar os prisioneiros, anunciou nesta quinta-feira o porta-voz do museu, Bartosz Bartyzel.

As relíquias foram ofertadas ao museu por um doador que pediu anonimato. Hoje local de grande visitação, o campo de Auschwitz-Birkenau é um símbolo do Holocausto e foi instalado durante a Segunda Guerra Mundial pela Alemanha nazista na cidade polonesa de Oswiecim.

"Nós recebemos as placas há algumas semanas e confirmamos sua autenticidade", declarou Bartyzel à AFP.

Em cada placa há um número formado por agulhas, um zero, dois três e dois seis ou nove, para formar números destinados a identificar os prisioneiros, explicou o porta-voz.

Os prisioneiros eram tatuados primeiramente no peitoral, e depois no antebraço esquerdo. O campo de concentração de Auschwitz foi o único a ter esse tipo de identificação, disse Bartyzel.

Segundo ele, as placas - descobertas na zona de evacuação de dezenas de milhares de prisioneiros de Auschwitz no momento do avanço das tropas soviéticas em janeiro de 1945 - serão conservadas nos arquivos do museu antes de serem expostas ao público nos próximos anos.

São objetos muito raros. Apenas um outro exemplar deste tipo de placa para tatuagens está em exposição no Museu militar de São Petersburgo, na Rússia.

De 1940 a 1945 um milhão de judeus foram executados em Auschwitz-Birkenau, assim como 70.000 a 75.000 poloneses não-judeus, 21.000 ciganos húngaros, 15.000 prisioneiros de guerra soviéticos e entre 10.000 a 15.000 outros prisioneiros, segundo dados do museu em questão.