Morreu, aos 91 anos, o cineasta francês Alain Resnais
PARIS, 02 Mar 2014 (AFP) - O cineasta Alain Resnais, um dos mestres do cinema francês, diretor de filmes como "Hiroshima, Meu Amor" e "Ervas Daninhas", morreu na noite deste sábado, em Paris, aos 91 anos, anunciou à AFP o produtor de seus três últimos longas, Jean-Louis Livi.
"Morreu ontem à noite, cercado de familiares e outras pessoas queridas, em Paris", disse o produtor, assinalando que Resnais estava preparando outro filme com ele, do qual já havia escrito um primeiro roteiro.
O presidente francês, François Hollande, disse hoje que o país perdeu "um de seus maiores cineastas", e elogiou uma obra que "quebrou incessantemente os códigos, as regras, as formas, e que, ao mesmo tempo, agradou a um público muito amplo".
A última edição do Festival de Cinema de Berlim homenageou Resnais pelo filme "Amar, Beber e Cantar" (2013), uma fantasia sobre o teatro, o cinema e os quadrinhos.
Nesta oportunidade, ele recebeu o prêmio Alfred Bauer, atribuído "a um filme que criou novas perspectivas".
Mesmo nonagenário, Resnais continuava rodando filmes sobre temas recorrentes, como amor, memória e morte. Há dois anos, ele disse, no Festival de Cannes, que fazia filmes para si próprio. "É como um laboratório de experimentos, em que se misturamos coisas sem sabermos que resultado iremos obter", comentou.
Cineasta da memória e imaginação, Resnais nasceu em 3 de junho de 1922, em Vannes, Bretanha. Na adolescência, apaixonou-se por cinema e literatura.
Aos 13 anos, rodou seu primeiro longa, antes de se matricular em uma escola de cinema, em 1943.
Sua filmografia inclui curtas e documentários - como o impactante "Noite e Neblina" (1955), sobre os campos de concentração nazistas -, além de longas como "Hiroshima, Meu Amor" (1958), "Meu Tio da América" (1980), "Smoking/No Smoking" (1993) e "Amores Parisienses" (1997).
O diretor artístico do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, manifestou "tristeza pelo desaparecimento de um gigante do cinema".
"Não significa apenas que Resnais morreu, significa que não haverá mais filmes de Resnais", lamentou, em entrevista à rádio France-Info.
Frémaux lembrou que, em 2009, o cineasta recebeu em Cannes um prêmio pelo conjunto da obra.
"Ele gostava muito de trabalhar, e com métodos muito amáveis. Gostava de estar cercado por sua gente", comentou o diretor, referindo-se aos atores André Dussollier, Pierre Arditi e Sabine Azéma, que trabalharam diversas vezes com Resnais.
Pierre Arditi também o homenageou, ao declarar ao canal BFM-TV que Resnais "era um homem, mas, também, um menino, com capacidade de se maravilhar e dono de uma maturidade extraordinária e uma grande cultura".
A ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, assinalou que a obra de Resnais "fez o cinema francês brilhar no mundo inteiro".
"Morreu ontem à noite, cercado de familiares e outras pessoas queridas, em Paris", disse o produtor, assinalando que Resnais estava preparando outro filme com ele, do qual já havia escrito um primeiro roteiro.
O presidente francês, François Hollande, disse hoje que o país perdeu "um de seus maiores cineastas", e elogiou uma obra que "quebrou incessantemente os códigos, as regras, as formas, e que, ao mesmo tempo, agradou a um público muito amplo".
A última edição do Festival de Cinema de Berlim homenageou Resnais pelo filme "Amar, Beber e Cantar" (2013), uma fantasia sobre o teatro, o cinema e os quadrinhos.
Nesta oportunidade, ele recebeu o prêmio Alfred Bauer, atribuído "a um filme que criou novas perspectivas".
Mesmo nonagenário, Resnais continuava rodando filmes sobre temas recorrentes, como amor, memória e morte. Há dois anos, ele disse, no Festival de Cannes, que fazia filmes para si próprio. "É como um laboratório de experimentos, em que se misturamos coisas sem sabermos que resultado iremos obter", comentou.
Cineasta da memória e imaginação, Resnais nasceu em 3 de junho de 1922, em Vannes, Bretanha. Na adolescência, apaixonou-se por cinema e literatura.
Aos 13 anos, rodou seu primeiro longa, antes de se matricular em uma escola de cinema, em 1943.
Sua filmografia inclui curtas e documentários - como o impactante "Noite e Neblina" (1955), sobre os campos de concentração nazistas -, além de longas como "Hiroshima, Meu Amor" (1958), "Meu Tio da América" (1980), "Smoking/No Smoking" (1993) e "Amores Parisienses" (1997).
O diretor artístico do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, manifestou "tristeza pelo desaparecimento de um gigante do cinema".
"Não significa apenas que Resnais morreu, significa que não haverá mais filmes de Resnais", lamentou, em entrevista à rádio France-Info.
Frémaux lembrou que, em 2009, o cineasta recebeu em Cannes um prêmio pelo conjunto da obra.
"Ele gostava muito de trabalhar, e com métodos muito amáveis. Gostava de estar cercado por sua gente", comentou o diretor, referindo-se aos atores André Dussollier, Pierre Arditi e Sabine Azéma, que trabalharam diversas vezes com Resnais.
Pierre Arditi também o homenageou, ao declarar ao canal BFM-TV que Resnais "era um homem, mas, também, um menino, com capacidade de se maravilhar e dono de uma maturidade extraordinária e uma grande cultura".
A ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, assinalou que a obra de Resnais "fez o cinema francês brilhar no mundo inteiro".