Universo sensorial do brasileiro Ernesto Neto no Guggenheim de Bilbao
BILBAU, Espanha, 14 Fev 2014 (AFP) - Imensas esculturas orgânicas concebidas para serem atravessadas, tocadas e inclusive cheiradas: o museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha, mostra a partir desta sexta-feira uma retrospectiva única do escultor brasileiro Ernesto Neto, que retrabalhou suas obras para adaptá-las aos espaços do museu.
Intitulada "Ernesto Neto: o corpo que me leva", a exposição é formada por mais de 50 obras criadas dos anos 1990 até hoje. O artista, conhecido por suas esculturas de dimensões colossais, concebeu algumas delas especificamente para a mostra de Bilbao, em cartaz até 18 de maio.
"Ernesto Neto certamente é um dos artistas mais importantes do panorama contemporâneo", explica à AFP a curadora a exibição, Petra Joos.
No Guggenheim "fizemos configurações novas de obras já existentes ou as adaptamos aos espaços do museu" para que se integrem às sinuosas formas arquitetônicas criadas pelo canadense Frank Gehry para este singular edifício, inaugurado em 1997", diz a curadora.
O visitante é recebido pelos longos membros brancos de "Leviathan Thot" (Fêmea), de 2006, obra presa no teto, a mais de cinquenta metros, no átrio do museu.
Sob o título "Não se assuste com o caos", um dos nove espaços convida o visitante a ficar descalço para percorrer uma sala transformada em uma estranha selva de poliamida branca que se transforma sob seu peso. Este tecido também dá corpo a "Humanoides" (2001), pequenas figuras que se moldam ao abraço do visitante.
Seguem instalações como "Tambor" (2010), um piano de cauda preso por uma gigantesca rede bicolor repleta de instrumentos de percussão, ou "Nave Útero Capela II" (2013), tipo de catedral translúcida concebida para estimular os sentidos.
Nascido no Rio de Janeiro em 1964, Neto "sempre quer que suas obras sejam táteis, que possam ser atravessadas, cheiradas, sentidas", afirma Joos, ressaltando as técnicas artesanais utilizadas por um artista preocupado em "manter o espírito do escultor que toca com suas mãos".
"Quero que aqui parem de pensar. Se refugiem na arte. Acredito que não pensar é bom, é respirar diretamente da vida", afirma o artista citado pelo museu.
Na inauguração da mostra, na quinta-feira, o brasileiro, acompanhado por dois indígenas da Amazônia com vestes tradicionais e um impressionante cocar de penas, percorreu pessoalmente suas obras - algumas, com a aparência frágil de crochê, suspensas a vários metros do chão.
pho-acc/gr/it/ma-mm
Intitulada "Ernesto Neto: o corpo que me leva", a exposição é formada por mais de 50 obras criadas dos anos 1990 até hoje. O artista, conhecido por suas esculturas de dimensões colossais, concebeu algumas delas especificamente para a mostra de Bilbao, em cartaz até 18 de maio.
"Ernesto Neto certamente é um dos artistas mais importantes do panorama contemporâneo", explica à AFP a curadora a exibição, Petra Joos.
No Guggenheim "fizemos configurações novas de obras já existentes ou as adaptamos aos espaços do museu" para que se integrem às sinuosas formas arquitetônicas criadas pelo canadense Frank Gehry para este singular edifício, inaugurado em 1997", diz a curadora.
O visitante é recebido pelos longos membros brancos de "Leviathan Thot" (Fêmea), de 2006, obra presa no teto, a mais de cinquenta metros, no átrio do museu.
Sob o título "Não se assuste com o caos", um dos nove espaços convida o visitante a ficar descalço para percorrer uma sala transformada em uma estranha selva de poliamida branca que se transforma sob seu peso. Este tecido também dá corpo a "Humanoides" (2001), pequenas figuras que se moldam ao abraço do visitante.
Seguem instalações como "Tambor" (2010), um piano de cauda preso por uma gigantesca rede bicolor repleta de instrumentos de percussão, ou "Nave Útero Capela II" (2013), tipo de catedral translúcida concebida para estimular os sentidos.
Nascido no Rio de Janeiro em 1964, Neto "sempre quer que suas obras sejam táteis, que possam ser atravessadas, cheiradas, sentidas", afirma Joos, ressaltando as técnicas artesanais utilizadas por um artista preocupado em "manter o espírito do escultor que toca com suas mãos".
"Quero que aqui parem de pensar. Se refugiem na arte. Acredito que não pensar é bom, é respirar diretamente da vida", afirma o artista citado pelo museu.
Na inauguração da mostra, na quinta-feira, o brasileiro, acompanhado por dois indígenas da Amazônia com vestes tradicionais e um impressionante cocar de penas, percorreu pessoalmente suas obras - algumas, com a aparência frágil de crochê, suspensas a vários metros do chão.
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