Funcionários de jornais venezuelanos solicitam ao governo divisas para papel
CARACAS, 11 Fev 2014 (AFP) - "Sem papel, não há emprego!", denunciaram nesta terça-feira dezenas de trabalhadores de jornais venezuelanos durante uma manifestação para exigir ao governo dólares para a importação de papel, cuja escassez causou o fechamento temporário de dezenas de jornais.
Cerca de 600 manifestantes, entre eles dirigentes políticos da oposição e trabalhadores de vários jornais do país, marcharam rumo à sede do Centro Nacional de Comércio Exterior (Cencoex), que determina as divisas para importações, em um país com controle cambial desde 2003.
"Liberdade de expressão!", gritavam em uníssono os manifestantes, que conseguiram chegar a seu destino apesar da mobilização da Polícia Nacional, que os obrigou a modificar sua rota. "Não nos tirarão o direito de protestar", diziam.
Os cartazes se multiplicaram com mensagens exigindo divisas para importar o papel que alimenta cerca de 136 jornais no país e são determinadas pelo Estado depois de um burocrático trâmite. "Agoniza a imprensa na Venezuela", "Em cheque a liberdade de informação", era lido em alguns cartazes.
"Sem papel não há jornal íDivisas já! 700 empregos estão em jogo", dizia um cartaz de um funcionário de El Nacional, de linha crítica ao governo e que nas últimas semanas reduziu sua paginação.
"Isso é uma desculpa econômica para limitar a liberdade de expressão e agora estamos defendendo nosso direito ao trabalho, são 10.000 postos de trabalho direto em jogo", disse à AFP a jornalista Sharay Angulo, do jornal Últimas Noticias, o de maior circulação no país.
No âmbito de uma forte queda das reservas em divisas (cerca de 9 bilhões de dólares em 2013) o governo entrega os dólares a conta-gotas, apesar das importações de papel significarem apenas 140 milhões de dólares ao ano. Os jornais precisam do aval do governo para importar papel.
"O governo não quer que a verdade seja dita (...) que as pessoas estão reivindicando leite, farinha, que temos uma economia onde o alimento não está chegando às pessoas", disse à AFP o presidente do Colégio Nacional de Jornalistas, Tinedo Guía.
Participaram do protesto os sindicatos de imprensa e dirigentes opositores como a deputada María Corina Machado e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, além de representantes de ONGs que defendem a liberdade de expressão, como Espaço Público.
Cerca de 600 manifestantes, entre eles dirigentes políticos da oposição e trabalhadores de vários jornais do país, marcharam rumo à sede do Centro Nacional de Comércio Exterior (Cencoex), que determina as divisas para importações, em um país com controle cambial desde 2003.
"Liberdade de expressão!", gritavam em uníssono os manifestantes, que conseguiram chegar a seu destino apesar da mobilização da Polícia Nacional, que os obrigou a modificar sua rota. "Não nos tirarão o direito de protestar", diziam.
Os cartazes se multiplicaram com mensagens exigindo divisas para importar o papel que alimenta cerca de 136 jornais no país e são determinadas pelo Estado depois de um burocrático trâmite. "Agoniza a imprensa na Venezuela", "Em cheque a liberdade de informação", era lido em alguns cartazes.
"Sem papel não há jornal íDivisas já! 700 empregos estão em jogo", dizia um cartaz de um funcionário de El Nacional, de linha crítica ao governo e que nas últimas semanas reduziu sua paginação.
"Isso é uma desculpa econômica para limitar a liberdade de expressão e agora estamos defendendo nosso direito ao trabalho, são 10.000 postos de trabalho direto em jogo", disse à AFP a jornalista Sharay Angulo, do jornal Últimas Noticias, o de maior circulação no país.
No âmbito de uma forte queda das reservas em divisas (cerca de 9 bilhões de dólares em 2013) o governo entrega os dólares a conta-gotas, apesar das importações de papel significarem apenas 140 milhões de dólares ao ano. Os jornais precisam do aval do governo para importar papel.
"O governo não quer que a verdade seja dita (...) que as pessoas estão reivindicando leite, farinha, que temos uma economia onde o alimento não está chegando às pessoas", disse à AFP o presidente do Colégio Nacional de Jornalistas, Tinedo Guía.
Participaram do protesto os sindicatos de imprensa e dirigentes opositores como a deputada María Corina Machado e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, além de representantes de ONGs que defendem a liberdade de expressão, como Espaço Público.
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