Toni Servillo, ator elegante que brilha nos palcos e nas telas
PARIS, 31 Jan 2014 (AFP) - De silhueta elegante, o italiano Toni Servillo, protagonista de "A Grande Beleza", é um ator brilhante e multifacetado, que depois de brilhar no teatro conquistou o cinema.
Considerado o alter ego do diretor Paolo Sorrentino, com quem rodou "Il Divo" e "A Grande Beleza", Toni Servillo também é destaque no filme "Viva la Libertà", no qual interpreta irmãos gêmeos.
Impressionante por sua metamorfose, capaz de passar da fantasia e da comédia à tristeza ou seriedade, no filme do diretor Roberto Ando ele interpreta Enrico Oliveri, político deprimido que desaparece em plena campanha eleitoral e que é substituído pelo irmão gêmeo, uma pessoa brilhante, mas bipolar.
"Me pareceu que seria bonito para um ator poder interpretar gêmeos. Sou um ator de teatro, mas nunca havia tido esta oportunidade, apesar da literatura teatral ser extremamente rica deste ponto de vista", disse o ator à AFP.
Ele explicou que construiu a depressão de Enrico "como se nascesse da euforia" do irmão.
Aos 54 anos e com um vasto repertório, com Marcello Mastroianni e Federico Fellini como referências, Toni Servillo impressionou a todos no Festival de Cannes em 2013 por seu papel de jornalista mundano em "A Grande Beleza", premiado com o Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira e indicado ao Oscar na mesma categoria.
Ele afirma que este foi um dos papéis mais prazerosos de sua carreira, que também valeu o prêmio de melhor ator europeu do ano.
Em 2008, Servillo virou um grande nome do cinema por sua interpretação em "Il Divo", no qual encarna o político italiano Giulio Andreotti.
Seu papel mais modesto de empresário mafioso dedicado à reciclagem de lixo em "Gomorra", de Matteo Garronne, também foi elogiado pela crítica.
Mas Toni Servillo, procedente de uma família apaixonada pelo teatro, é antes de mais nada um homem dos palcos.
Nascido em 1959 na província de Nápoles, o ator, que tem um irmão, Peppe, muito famoso como cantor, fundou em 1977 o Teatro 'Studio di Caserta', onde dirigiu e interpretou várias peças, de "Propaganda" (1979) a "Guernica" (1985).
Em 1987 foi um dos fundadores em Nápoles do 'Teatri Uniti', um laboratório permanente para a produção e o estudo das artes cênicas contemporâneas, fusão de três companhias, incluindo a sua.
Servillo seguiu trabalhando por muitos anos como ator e diretor no cenário teatral napolitano.
Sua peça mais recente, "Le Voci di dentro" de Eduardo De Filippo, na qual atua ao lado do irmão, está em turnê pela Europa atualmente.
O italiano também explorou o teatro clássico francês de Molière com "O Misantropo" (1995) e "Tartufo" (2000), assim como no mundo das óperas.
Sua carreira cinematográfica teve início em 1992 sob a direção de um de seus amigos do teatro de vanguarda, Mario Martone, que estreou no cinema com "Morte di un matematico napoletano" (1992) e também dirigiu "Rasoi" (1993), "La salita" (1997) e "Teatro di guerra" (1998).
A partir de 2001, Servillo inicia a colaboração regular com Paolo Sorrentino em "L'Uomo In Piu" e depois com "As Consequências do Amor", exibido na mostra oficial de Cannes em 2004.
O ator prosseguiu desde então com o trabalho nos palcos, ao mesmo tempo que reservou um espaço para o cinema.
Para ele, "um ator moderno tem que saber movimentar-se nos dois ambientes".
slb-da/fp
Considerado o alter ego do diretor Paolo Sorrentino, com quem rodou "Il Divo" e "A Grande Beleza", Toni Servillo também é destaque no filme "Viva la Libertà", no qual interpreta irmãos gêmeos.
Impressionante por sua metamorfose, capaz de passar da fantasia e da comédia à tristeza ou seriedade, no filme do diretor Roberto Ando ele interpreta Enrico Oliveri, político deprimido que desaparece em plena campanha eleitoral e que é substituído pelo irmão gêmeo, uma pessoa brilhante, mas bipolar.
"Me pareceu que seria bonito para um ator poder interpretar gêmeos. Sou um ator de teatro, mas nunca havia tido esta oportunidade, apesar da literatura teatral ser extremamente rica deste ponto de vista", disse o ator à AFP.
Ele explicou que construiu a depressão de Enrico "como se nascesse da euforia" do irmão.
Aos 54 anos e com um vasto repertório, com Marcello Mastroianni e Federico Fellini como referências, Toni Servillo impressionou a todos no Festival de Cannes em 2013 por seu papel de jornalista mundano em "A Grande Beleza", premiado com o Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira e indicado ao Oscar na mesma categoria.
Ele afirma que este foi um dos papéis mais prazerosos de sua carreira, que também valeu o prêmio de melhor ator europeu do ano.
Em 2008, Servillo virou um grande nome do cinema por sua interpretação em "Il Divo", no qual encarna o político italiano Giulio Andreotti.
Seu papel mais modesto de empresário mafioso dedicado à reciclagem de lixo em "Gomorra", de Matteo Garronne, também foi elogiado pela crítica.
Mas Toni Servillo, procedente de uma família apaixonada pelo teatro, é antes de mais nada um homem dos palcos.
Nascido em 1959 na província de Nápoles, o ator, que tem um irmão, Peppe, muito famoso como cantor, fundou em 1977 o Teatro 'Studio di Caserta', onde dirigiu e interpretou várias peças, de "Propaganda" (1979) a "Guernica" (1985).
Em 1987 foi um dos fundadores em Nápoles do 'Teatri Uniti', um laboratório permanente para a produção e o estudo das artes cênicas contemporâneas, fusão de três companhias, incluindo a sua.
Servillo seguiu trabalhando por muitos anos como ator e diretor no cenário teatral napolitano.
Sua peça mais recente, "Le Voci di dentro" de Eduardo De Filippo, na qual atua ao lado do irmão, está em turnê pela Europa atualmente.
O italiano também explorou o teatro clássico francês de Molière com "O Misantropo" (1995) e "Tartufo" (2000), assim como no mundo das óperas.
Sua carreira cinematográfica teve início em 1992 sob a direção de um de seus amigos do teatro de vanguarda, Mario Martone, que estreou no cinema com "Morte di un matematico napoletano" (1992) e também dirigiu "Rasoi" (1993), "La salita" (1997) e "Teatro di guerra" (1998).
A partir de 2001, Servillo inicia a colaboração regular com Paolo Sorrentino em "L'Uomo In Piu" e depois com "As Consequências do Amor", exibido na mostra oficial de Cannes em 2004.
O ator prosseguiu desde então com o trabalho nos palcos, ao mesmo tempo que reservou um espaço para o cinema.
Para ele, "um ator moderno tem que saber movimentar-se nos dois ambientes".
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