ONGs denunciam julgamento de jornalistas da Al-Jazeera no Egito
CAIRO, 30 Jan 2014 (AFP) - Organizações de defesa dos direitos Humanos denunciaram nesta quinta-feira o duro golpe contra a liberdade de imprensa no Egito, onde serão julgados 20 jornalistas da rede de notícias Al-Jazeera, acusados de terem feito uma cobertura favorável à Irmandade Muçulmana.
A rede com sede no Catar - país que condena a destituição e prisão do presidente islâmico Mohamed Mursi em julho - denunciou as "acusações tolas e sem fundamentos" contra seus funcionários.
A Anistia Internacional lamentou "uma grande derrota para a liberdade de imprensa", que envia a "mensagem estarrecedora de que hoje uma única versão dos fatos é aceitável no Egito: a autorizada pelas autoridades", enquanto o país está profundamente dividido entre partidários do novo governo e os da Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence Mursi. Os integrantes da Irmandade têm sido violentamente reprimidos pelas forças de segurança.
A organização Repórteres Sem Fronteiras, denunciando um "assédio contra a Al-Jazeera e seus jornalistas", considera que "esta atitude só reforça as divergências na sociedade civil egípcia".
"Os jornalistas não podem trabalhar em um clima de medo (...) Com a aproximação das eleições (no Egito), uma imprensa livre é essencial", defendeu a Anistia.
Na semana passada, três jornalistas do canal público alemão ARD foram atacados nas ruas aos gritos de "traidores" e "capangas da Irmandade Muçulmana".
Na quarta-feira, o Ministério Público egípcio anunciou que 16 repórteres egípcios serão julgados por pertencerem a uma "organização terrorista" e terem "tentado comprometer a unidade nacional e a paz social", enquanto quatro estrangeiros -- dois britânicos, um australiano e um holandês -- responderão por "colaboração com os egípcios ao terem fornecido a eles dinheiro, equipamentos, informações (...) e terem difundido falsas notícias visando a divulgar informações ao exterior de que o país estava em guerra civil".
A Promotoria os acusa de manter relações com a Irmandade Muçulmana, considerada uma organização terrorista pelas autoridades
Além disso, um dirigente do governo acusaram a Al-Jazeera de seguir "as orientações políticas do Catar, único Estado do Golfo a apoiar a Irmandade Muçulmana".
Após a destituição do presidente Mohamed Mursi pelo Exército, no dia 3 de julho, as novas autoridades deram início a uma forte repressão contra seus seguidores.
Logo depois do golpe contra Mursi, vários canais foram retirados do ar, incluindo o da Irmandade Muçulmana. Dois meses depois, a justiça determinou o fechamento definitivo da filial egípcia da Al-Jazeera, a Al-Jazeera Mubasher Misr.
jds-sbh-ht/mr/dm
A rede com sede no Catar - país que condena a destituição e prisão do presidente islâmico Mohamed Mursi em julho - denunciou as "acusações tolas e sem fundamentos" contra seus funcionários.
A Anistia Internacional lamentou "uma grande derrota para a liberdade de imprensa", que envia a "mensagem estarrecedora de que hoje uma única versão dos fatos é aceitável no Egito: a autorizada pelas autoridades", enquanto o país está profundamente dividido entre partidários do novo governo e os da Irmandade Muçulmana, movimento ao qual pertence Mursi. Os integrantes da Irmandade têm sido violentamente reprimidos pelas forças de segurança.
A organização Repórteres Sem Fronteiras, denunciando um "assédio contra a Al-Jazeera e seus jornalistas", considera que "esta atitude só reforça as divergências na sociedade civil egípcia".
"Os jornalistas não podem trabalhar em um clima de medo (...) Com a aproximação das eleições (no Egito), uma imprensa livre é essencial", defendeu a Anistia.
Na semana passada, três jornalistas do canal público alemão ARD foram atacados nas ruas aos gritos de "traidores" e "capangas da Irmandade Muçulmana".
Na quarta-feira, o Ministério Público egípcio anunciou que 16 repórteres egípcios serão julgados por pertencerem a uma "organização terrorista" e terem "tentado comprometer a unidade nacional e a paz social", enquanto quatro estrangeiros -- dois britânicos, um australiano e um holandês -- responderão por "colaboração com os egípcios ao terem fornecido a eles dinheiro, equipamentos, informações (...) e terem difundido falsas notícias visando a divulgar informações ao exterior de que o país estava em guerra civil".
A Promotoria os acusa de manter relações com a Irmandade Muçulmana, considerada uma organização terrorista pelas autoridades
Além disso, um dirigente do governo acusaram a Al-Jazeera de seguir "as orientações políticas do Catar, único Estado do Golfo a apoiar a Irmandade Muçulmana".
Após a destituição do presidente Mohamed Mursi pelo Exército, no dia 3 de julho, as novas autoridades deram início a uma forte repressão contra seus seguidores.
Logo depois do golpe contra Mursi, vários canais foram retirados do ar, incluindo o da Irmandade Muçulmana. Dois meses depois, a justiça determinou o fechamento definitivo da filial egípcia da Al-Jazeera, a Al-Jazeera Mubasher Misr.
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