Daft Punk, os franceses da música eletrônica que seduziram o mundo
PARIS, 27 Jan 2014 (AFP) - A banda francesa Daft Punk, grande vencedora dos prêmios Grammy deste domingo, tem um faro aguçado para o marketing que permitiu à dupla tornar-se um fenômeno mundial sem mostrar o rosto e leva em frente há mais de 20 anos a arte de misturar música pop e eletrônica.
Thomas Bangalter, que acaba de completar 39 anos, e Guy-Manuel de Homem Christo, de quase 40, se conheceram no pátio do colégio onde fizeram o ensino médio em Paris.
Tinham apenas 17 e 18 anos quando criaram o Daft Punk, em 1993. O nome da dupla retoma a expressão usada por uma prestigiosa revista inglesa especializada em música para comentar o primeiro trabalho de sua banda anterior, Darlin': "punk tonto".
Três anos depois, graças a hits como "Da Funk/Rollin" e "Sratchin", as portas das boates europeias se abriram.
Com a chegada ao mercado de equipamentos que permitem gravar em casa, a um custo menor, a música eletrônica vive um novo boom, especialmente na França. Uma nova geração usa essas ferramentas integrando elementos trazidos de outras culturas musicais, como o rock, o pop ou o rap.
Ao lado da dupla de house Cassius e da banda Air, o Daft Punk se tornou uma referência do "toque francês", como são chamados os álbuns de música eletrônica francesa que seduzem os anglo-saxões.
Em 1997, a dupla lançou seu primeiro álbum, "Homework", com muitas influências do house e do tecno. O disco inclui seu primeiro grande sucesso, "Around the World", que os catapultou para as pistas de dança de todo o mundo.
Cinco anos mais tarde, seu segundo álbum, "Discovery", faz uma volta às músicas da década de 1980, ao pop e ao disco. O sucesso foi imediato e enorme. O disco transforma a cena musical do início dos anos 2000 e o estilo é muito imitado.
"Human After All", terceiro trabalho da dupla, lançado em 2005, trouxe um lado mais sombrio, e foi um fracasso comercial.
Capacetes de robô Desde o início os dois franceses fizeram do marketing um componente integrado a seu processo criativo, com uma ideia muito simples: manter o mistério.
Os Daft Punk nunca mostram seu rosto, aparecem pouco na televisão - sua presença na entrega dos Grammy não ocorria desde 2008 - e poucos discos são lançados.
Resultado: cada uma de suas aparições é um grande acontecimento e seus capacetes de robô se tornaram uma marca registrada.
Hoje consagrados como grandes estrelas, aproveitam ainda mais dessa ideia genial, que os permite seguir levando uma vida normal.
Para "Random Access Memories", lançado em maio de 2013, os franceses levaram ao extremo sua estratégia de marketing, criando um verdadeiro frisson em torno de seu lançamento.
O álbum apareceu regularmente entre os três melhores do ano segundo críticos de todo o mundo, da Inrockuptibles, na França, à revista Rolling Stones, dos Estados Unidos.
A faixa "Get Lucky", em parceria com Pharrell Williams, foi o maior sucesso de 2013. Além disso, o álbum vendeu mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo.
Thomas Bangalter, que acaba de completar 39 anos, e Guy-Manuel de Homem Christo, de quase 40, se conheceram no pátio do colégio onde fizeram o ensino médio em Paris.
Tinham apenas 17 e 18 anos quando criaram o Daft Punk, em 1993. O nome da dupla retoma a expressão usada por uma prestigiosa revista inglesa especializada em música para comentar o primeiro trabalho de sua banda anterior, Darlin': "punk tonto".
Três anos depois, graças a hits como "Da Funk/Rollin" e "Sratchin", as portas das boates europeias se abriram.
Com a chegada ao mercado de equipamentos que permitem gravar em casa, a um custo menor, a música eletrônica vive um novo boom, especialmente na França. Uma nova geração usa essas ferramentas integrando elementos trazidos de outras culturas musicais, como o rock, o pop ou o rap.
Ao lado da dupla de house Cassius e da banda Air, o Daft Punk se tornou uma referência do "toque francês", como são chamados os álbuns de música eletrônica francesa que seduzem os anglo-saxões.
Em 1997, a dupla lançou seu primeiro álbum, "Homework", com muitas influências do house e do tecno. O disco inclui seu primeiro grande sucesso, "Around the World", que os catapultou para as pistas de dança de todo o mundo.
Cinco anos mais tarde, seu segundo álbum, "Discovery", faz uma volta às músicas da década de 1980, ao pop e ao disco. O sucesso foi imediato e enorme. O disco transforma a cena musical do início dos anos 2000 e o estilo é muito imitado.
"Human After All", terceiro trabalho da dupla, lançado em 2005, trouxe um lado mais sombrio, e foi um fracasso comercial.
Capacetes de robô Desde o início os dois franceses fizeram do marketing um componente integrado a seu processo criativo, com uma ideia muito simples: manter o mistério.
Os Daft Punk nunca mostram seu rosto, aparecem pouco na televisão - sua presença na entrega dos Grammy não ocorria desde 2008 - e poucos discos são lançados.
Resultado: cada uma de suas aparições é um grande acontecimento e seus capacetes de robô se tornaram uma marca registrada.
Hoje consagrados como grandes estrelas, aproveitam ainda mais dessa ideia genial, que os permite seguir levando uma vida normal.
Para "Random Access Memories", lançado em maio de 2013, os franceses levaram ao extremo sua estratégia de marketing, criando um verdadeiro frisson em torno de seu lançamento.
O álbum apareceu regularmente entre os três melhores do ano segundo críticos de todo o mundo, da Inrockuptibles, na França, à revista Rolling Stones, dos Estados Unidos.
A faixa "Get Lucky", em parceria com Pharrell Williams, foi o maior sucesso de 2013. Além disso, o álbum vendeu mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo.
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