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Primeira-dama da França quer solução 'digna' para relação com Hollande

23/01/2014 18h17

PARIS, 23 Jan 2014 (AFP) - A primeira-dama da França, Valérie Trierweiler, deseja sair "da forma mais digna possível" da situação provocada pela revelação do relacionamento do presidente, François Hollande, com uma atriz, informou nesta quinta-feira sua advogada ao site do jornal Le Figaro na internet.

"O presidente da República e meu cliente estão refletindo", declarou Frédérique Giffard, reforçando que "a decisão só pertence a eles".

"É muito difícil para Valérie Trierweiler permanecer serena diante da pressão política e midiática", afirmou a advogada, destacando que sua cliente é "consciente de que um esclarecimento se impõe".

François Hollande, de 59 anos, prometeu "esclarecer" a situação de sua companheira antes da visita oficial prevista em 11 de fevereiro aos Estados Unidos.

"Ela deseja realmente que todo este caso possa ser resolvido para sair o mais dignamente possível" da situação, acrescentou a advogada.

Giffrad denunciou uma "escalada midiática completamente louca" e afirmou que "alguns superam os limites estabelecidos pelo direito, sem nenhum escrúpulo por Valérie Trierweiler, nem sua família", destacando, segundo o Le Figaro, que estuda a possibilidade de apresentar processos judiciais.

A advogada disse que "imaginar que minha cliente possa querer fazer uso de sua angústia é totalmente contrário à sua personalidade e à sua forma de conceber as relações humanas, baseada na franqueza".

Segundo o jornal, Valérie Trierweiler, mãe de três filhos, também está preocupada com sua situação financeira após ter recusado participar de programas em um canal de televisão e só dispõe de seu salário no semanário Paris Match.

"Para justificar esta decisão de continuar sendo jornalista, ela sempre explicou que queria manter ao máximo sua independência financeira", lembrou a advogada.

"Ao contrário do que alguns sustentam, minha cliente não quer absolutamente alimentar a polêmica e mantém o senso de suas responsabilidades", acrescentou.

"Valérie continua sendo uma mulher de esquerda. Não penso que ela deseje que as dificuldades atuais afetem o mandato de François Hollande", concluiu.