Chanel desfila alta-costura em Paris acompanhada de tênis e plumas
PARIS, 21 Jan 2014 (AFP) - A Chanel de Karl Lagerfeld desfilou nesta terça-feira, na semana de alta-costura de Paris, apresentando uma coleção suave, fluida e pé no chão ao combinar vestidos esvoaçantes em tons pastéis com descontraídos pares de tênis.
Em julho de 2013, a coleção de inverno da marca francesa teve como cenário um teatro abandonado, devastado por um bombardeio. Dessa vez, a Chanel optou por uma decoração branca, muito iluminada. "É tipo uma boate importada de outra galáxia", explica o "Kaiser" Lagerfeld.
A passarela ainda teve espaço para um grupo de músicos, liderado pelo pianista barbudo Sébastien Tellier.
A abertura do espetáculo ficou por conta da top-celebridade britânica Cara Delevingne, de cabelos em forma de leque, coroando a cabeça, e muitos cílios postiços nos olhos. Ela desce as escadas quase saltitando, muito confortável de tênis nos pés. Os sapatos esportivos têm sido uma clara tendência das passarelas, mesmo na alta-costura: na segunda-feira, a Dior já havia mostrado os seus.
Além dos tênis, o conforto também é visto em looks que lembram pijamas. "As modelos fazem como se estivessem em casa, quando abrem a porta para receber a correspondência", conta Karl Lagerfeld.
Mas é claro que os tênis Chanel não são banais. Eles são bordados, fazem par perfeito com a alta-costura leve proposta pela maison para o próximo verão: modelagens próximas ao corpo, para dar mais volume e silhueta curta e estruturada.
Plumas translúcidas "Eu fiz uma associação com um cinto de motoqueiro", explica o estilista, após o desfile, entre um beijinho e outro em Inès de la Fressange, Caroline de Maigret e Olga Kurylenko. Alguns looks aparecem acompanhados por joelheiras e cotoveleiras de luxo. Uma jornalista fala sobre corpete. "Ah, não! O corpete é o de menos", diz Lagerfeld. Os corseletes, estampados de baleias, vão até o alto do colo. Alguns são bordados.
"São construções muito complicadas, não poderíamos fazê-las para o prêt-à-porter", ressalta Karl Lagerfeld. O Kaiser deu trabalho à equipe de bordadeiros, plumistas e costureiros do ateliê Chanel. "Não há tecido, salvo as musselinas e os tules, que tenha sido feito industrialmente. Todo o restante é bordado, feito à mão. Não são peças que possamos comprar", atesta.
Mas apesar do corselete e do dispendioso trabalho, a caminhada é lenta. "É preciso leveza, senão a costura ganha um ar envelhecido. Eu tenho birra deste lado rígido. Não vou citar nomes, mas já estamos em 2014!", alfineta.
Se a coleção é dominada por tons pasteis, que vão da noite ao dia, alguns vestidos pretos não ficaram de fora, e aparecem acompanhados de plumas e penas translúcidas, algumas bordadas com lamê.
No encerramento do desfile, Cara Delevingne reaparece vestida de noiva transparente, acompanhada de um pajem - Hudson, afilhado de Lagerfeld - que carrega seu véu.
Em julho de 2013, a coleção de inverno da marca francesa teve como cenário um teatro abandonado, devastado por um bombardeio. Dessa vez, a Chanel optou por uma decoração branca, muito iluminada. "É tipo uma boate importada de outra galáxia", explica o "Kaiser" Lagerfeld.
A passarela ainda teve espaço para um grupo de músicos, liderado pelo pianista barbudo Sébastien Tellier.
A abertura do espetáculo ficou por conta da top-celebridade britânica Cara Delevingne, de cabelos em forma de leque, coroando a cabeça, e muitos cílios postiços nos olhos. Ela desce as escadas quase saltitando, muito confortável de tênis nos pés. Os sapatos esportivos têm sido uma clara tendência das passarelas, mesmo na alta-costura: na segunda-feira, a Dior já havia mostrado os seus.
Além dos tênis, o conforto também é visto em looks que lembram pijamas. "As modelos fazem como se estivessem em casa, quando abrem a porta para receber a correspondência", conta Karl Lagerfeld.
Mas é claro que os tênis Chanel não são banais. Eles são bordados, fazem par perfeito com a alta-costura leve proposta pela maison para o próximo verão: modelagens próximas ao corpo, para dar mais volume e silhueta curta e estruturada.
Plumas translúcidas "Eu fiz uma associação com um cinto de motoqueiro", explica o estilista, após o desfile, entre um beijinho e outro em Inès de la Fressange, Caroline de Maigret e Olga Kurylenko. Alguns looks aparecem acompanhados por joelheiras e cotoveleiras de luxo. Uma jornalista fala sobre corpete. "Ah, não! O corpete é o de menos", diz Lagerfeld. Os corseletes, estampados de baleias, vão até o alto do colo. Alguns são bordados.
"São construções muito complicadas, não poderíamos fazê-las para o prêt-à-porter", ressalta Karl Lagerfeld. O Kaiser deu trabalho à equipe de bordadeiros, plumistas e costureiros do ateliê Chanel. "Não há tecido, salvo as musselinas e os tules, que tenha sido feito industrialmente. Todo o restante é bordado, feito à mão. Não são peças que possamos comprar", atesta.
Mas apesar do corselete e do dispendioso trabalho, a caminhada é lenta. "É preciso leveza, senão a costura ganha um ar envelhecido. Eu tenho birra deste lado rígido. Não vou citar nomes, mas já estamos em 2014!", alfineta.
Se a coleção é dominada por tons pasteis, que vão da noite ao dia, alguns vestidos pretos não ficaram de fora, e aparecem acompanhados de plumas e penas translúcidas, algumas bordadas com lamê.
No encerramento do desfile, Cara Delevingne reaparece vestida de noiva transparente, acompanhada de um pajem - Hudson, afilhado de Lagerfeld - que carrega seu véu.
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