Presidente francês promete explicações sobre escândalo e anuncia cortes tributários
PARIS, 14 Jan 2014 (AFP) - O presidente francês, François Hollande, reconheceu nesta terça-feira que está atravessando um momento "doloroso" em seu relacionamento com a jornalista Valérie Trierweiler, após as revelações da imprensa sobre um suposto affair com uma atriz, e prometeu esclarecer a situação até meados de fevereiro.
Ele também manifestou sua "total indignação" com a divulgação de um fato relativo a sua vida privada, mas acrescentou que não vai processar a revista Closer. Hollande explicou que, em sua condição de presidente, está "protegido por uma imunidade" e "não pode ser processado", e que, por isso, não cabe acionar outros na justiça.
Na entrevista coletiva à imprensa concedida no Palácio do Eliseu, o presidente falou por 30 minutos sobre as perspectivas econômicas do país, antes de responder às questões relativas ao caso.
Ele se recusou a dizer se continua a viver com a sua companheira oficial, mas prometeu "esclarecer" sua situação privada antes de uma visita de Estado aos Estados Unidos no dia 11 de fevereiro.
"Cada um em sua vida pessoal pode atravessar dificuldades. Este é o nosso caso, estamos atravessando um momento doloroso", declarou.
"Os problemas particulares são resolvidos particularmente", insistiu.
As revelações feitas na sexta-feira pela revista Closer sobre um suposto caso do chefe de Estado com a atriz Julie Gayet, seguidas pelo anúncio da hospitalização de Valérie Trierweiler, dominam o noticiário na França.
Valérie Trierweiler, companheira oficial do presidente francês, foi hospitalizada algumas horas após a divulgação das revelações feitas pela revista Closer. Ela permanece internada.
Ao ser perguntado sobre o estado de saúde de Trierweiler, de 48 anos, Hollande se limitou a dizer que ela "descansa", mas se negou a fazer qualquer outro comentário.
Obsevadores e políticos, principalmente da oposição, acusam o presidente de comprometer suas funções presidenciais e exigem que Hollande se pronuncie sobre a situação. A classe política também levantou a questão da segurança e a imagem do chefe de Estado.
Na edição desta terça-feira, o jornal Le Monde fala em "disfunções" dos serviços de segurança, incapazes de afastar os paparazzi do apartamento onde Hollande supostamente se encontraria com sua amante, distante apenas alguns metros do palácio presidencial.
"Por todos os lados, e em todos os momentos, minha segurança é garantida, quer seja quando eu me desloco oficialmente, na França, em Paris, no mundo, ou quando eu saio a título privado, inevitavelmente com um aparato menor", respondeu Hollande.
O escândalo é mais um percalço para Hollande, que viveu um momento político particularmente difícil em 2013 e se prepara para as eleições municipais de março.
O grande descontentamento dos franceses com a pressão fiscal, as taxas de desemprego e as restruturações derrubaram a popularidade do presidente e seu governo socialista. Segundo as últimas pesquisas de opinião, o chefe de Estado tem a aprovação de apenas 25% da população.
Durante a entrevista, François Hollande anunciou a redução de 30 bilhões de euros em encargos para as empresas. Ele também confirmou o objetivo de reduzir os gastos suplementares em 50 bilhões de euros entre 2015 e 2017.
"A França deve encontrar novamente sua força econômica", afirmou Hollande, que reconheceu ainda não ter vencido "a batalha pelo emprego", mas acredita que há uma "tendência se formando" no que diz respeito ao desemprego, antes da publicação dos indicadores de 2013. Ele se comprometeu a inverter a curva do desemprego antes do final de 2013.
Numa explicação introdutória, o presidente delineou os contornos do "pacto de responsabilidade" evocado durante seu pronunciamento de ano novo no último 31 de dezembro.
Para ele, trata-se "do maior compromisso social em décadas". Mas o presidente socialista refutou a ideia de que ele possa ser "vencido pelo liberalismo", como falam alguns analistas franceses. Hollande ressaltou que é "o Estado que toma a iniciativa e que faz com que seja possível reforçar o pacto produtivo".
Ele também evocou três propostas franco-alemãs para impulsionar a Europa, dentre elas uma "iniciativa para uma convergência econômica e social" entre os dois países, e uma coordenação para a transição energética.
bur-thm/prh/phv/mm/dm
Ele também manifestou sua "total indignação" com a divulgação de um fato relativo a sua vida privada, mas acrescentou que não vai processar a revista Closer. Hollande explicou que, em sua condição de presidente, está "protegido por uma imunidade" e "não pode ser processado", e que, por isso, não cabe acionar outros na justiça.
Na entrevista coletiva à imprensa concedida no Palácio do Eliseu, o presidente falou por 30 minutos sobre as perspectivas econômicas do país, antes de responder às questões relativas ao caso.
Ele se recusou a dizer se continua a viver com a sua companheira oficial, mas prometeu "esclarecer" sua situação privada antes de uma visita de Estado aos Estados Unidos no dia 11 de fevereiro.
"Cada um em sua vida pessoal pode atravessar dificuldades. Este é o nosso caso, estamos atravessando um momento doloroso", declarou.
"Os problemas particulares são resolvidos particularmente", insistiu.
As revelações feitas na sexta-feira pela revista Closer sobre um suposto caso do chefe de Estado com a atriz Julie Gayet, seguidas pelo anúncio da hospitalização de Valérie Trierweiler, dominam o noticiário na França.
Valérie Trierweiler, companheira oficial do presidente francês, foi hospitalizada algumas horas após a divulgação das revelações feitas pela revista Closer. Ela permanece internada.
Ao ser perguntado sobre o estado de saúde de Trierweiler, de 48 anos, Hollande se limitou a dizer que ela "descansa", mas se negou a fazer qualquer outro comentário.
Obsevadores e políticos, principalmente da oposição, acusam o presidente de comprometer suas funções presidenciais e exigem que Hollande se pronuncie sobre a situação. A classe política também levantou a questão da segurança e a imagem do chefe de Estado.
Na edição desta terça-feira, o jornal Le Monde fala em "disfunções" dos serviços de segurança, incapazes de afastar os paparazzi do apartamento onde Hollande supostamente se encontraria com sua amante, distante apenas alguns metros do palácio presidencial.
"Por todos os lados, e em todos os momentos, minha segurança é garantida, quer seja quando eu me desloco oficialmente, na França, em Paris, no mundo, ou quando eu saio a título privado, inevitavelmente com um aparato menor", respondeu Hollande.
O escândalo é mais um percalço para Hollande, que viveu um momento político particularmente difícil em 2013 e se prepara para as eleições municipais de março.
O grande descontentamento dos franceses com a pressão fiscal, as taxas de desemprego e as restruturações derrubaram a popularidade do presidente e seu governo socialista. Segundo as últimas pesquisas de opinião, o chefe de Estado tem a aprovação de apenas 25% da população.
Durante a entrevista, François Hollande anunciou a redução de 30 bilhões de euros em encargos para as empresas. Ele também confirmou o objetivo de reduzir os gastos suplementares em 50 bilhões de euros entre 2015 e 2017.
"A França deve encontrar novamente sua força econômica", afirmou Hollande, que reconheceu ainda não ter vencido "a batalha pelo emprego", mas acredita que há uma "tendência se formando" no que diz respeito ao desemprego, antes da publicação dos indicadores de 2013. Ele se comprometeu a inverter a curva do desemprego antes do final de 2013.
Numa explicação introdutória, o presidente delineou os contornos do "pacto de responsabilidade" evocado durante seu pronunciamento de ano novo no último 31 de dezembro.
Para ele, trata-se "do maior compromisso social em décadas". Mas o presidente socialista refutou a ideia de que ele possa ser "vencido pelo liberalismo", como falam alguns analistas franceses. Hollande ressaltou que é "o Estado que toma a iniciativa e que faz com que seja possível reforçar o pacto produtivo".
Ele também evocou três propostas franco-alemãs para impulsionar a Europa, dentre elas uma "iniciativa para uma convergência econômica e social" entre os dois países, e uma coordenação para a transição energética.
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