Bailarino do Bolshoi é condenado a 6 anos de prisão por ataque com ácido
Um tribunal de Moscou condenou nesta terça-feira (03) a seis anos de prisão em um campo de reclusão o bailarino do Bolshoi, Pavel Dimitrichenko, condenado como autor intelectual do ataque com ácido contra seu diretor artístico.
Yuri Zarutski, o executor do ataque, foi condenado a 10 anos por ter jogado ácido no rosto de Serguei Filin, enquanto o terceiro acusado, o motorista Andrei Lipatov, foi condenado a quatro anos.
Dimitrichenko e os outros dois acusados foram declarados culpados no início da audiência pela juíza Elena Maximova.
Os três são julgados desde outubro em um tribunal moscovita pelo ataque, cometido em 17 de janeiro diante da casa do diretor artístico do prestigioso teatro.
O ataque provocou ferimentos graves no rosto e nos olhos de Serguei Filin, de 43 anos. O diretor passou por várias cirurgias na Alemanha e, hoje em dia, tem 80% da visão recuperada.
Segundo a acusação, o ataque foi organizado com antecedência e todos as pessoas interrogadas durante o processo demonstraram que Dimitrichenko, em conflito com Filin, tinha motivos para cometer a agressão.
Durante o processo, o bailarino, de 29 anos, negou que tenha desejado ferir gravemente de forma premeditada Filin, mas admitiu que pediu que ele fosse agredido. Já Zarutski afirmou que atacou Filin com ácido por iniciativa própria.
Segundo reportagens do "The New York TImes", o crime pode ter uma jovem bailarina como pivô, Anzhelina Vorontsova, de 21 anos.
Namorado de Anzhelina, Dmitrichenko acusava o diretor do Bolshoi de boicotar a carreira da bailarina, tendo negado a ela o papel principal em uma montagem de "O Lago dos Cisnes".
A bailarina e o diretor trabalhavam juntos em uma academia de prestígio em Moscou. Filin se sentiu traído quando Anzhelina deixou a companhia comandada por ele e ingressou no Bolshoi. Mais tarde, ambos se encontrariam novamente no Bolshoi, mas a relação dos dois jamais seria a mesma.
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