Aos 25 anos, "Chucky" abandona o humor e volta às raízes do terror
LOS ANGELES, 28 Out 2013 (AFP) - Chucky, o famoso brinquedo assassino que usa macacão jeans e tem uma vasta cabeleira, comemora 25 anos com "A maldição de Chucky", sexto filme da série, que abandona o humor irônico para voltar às raízes do terror.
O filme, produzido quase 10 anos depois do quinto título da série, será lançado diretamente em DVD e Blu-ray no Brasil em 7 de novembro, assim como aconteceu nos Estados Unidos.
O americano Don Mancini, criador de Chucky e roteirista dos seis filmes da saga, retoma o papel de diretor, que assumiu em "O Filho de Chucky" (2004). Mas uma década depois o tom mudou radicalmente.
"O que eu mais queria, acima de tudo, era que Chucky voltasse a ser aterrorizante", explicou Mancini à AFP.
"Depois de ter feito duas comédias com 'A Noiva de Chucky' e 'O Filho de Chucky', os fãs queriam o retorno às origens e ao terror".
"Além disso, é o 25º aniversário da saga e queríamos criar um fator de nostalgia no filme, ter uma espécie de carta de amor para os fãs", disse.
A franquia Chucky, iniciada em 1988 com "Brinquedo Assassino", conseguiu ocupar um espaço de honra no rol dos monstros contemporâneos (ao lado do Jason de "Sexta-Feira 13", Michael Myers de "Halloween" e Fred Krueger de "A Hora do Pesadelo") e arrecadou mais de 175 milhões de dólares em todo o mundo.
Os três primeiros filmes da série eram de terror puro, mas "A Noiva de Chucky" (1998) marcou um ponto de virada ao utilizar o humor irônico e autorreferencial.
"Chucky é um personagem incrivelmente versátil. Funciona bem na comédia e no terror puro", disse Mancini.
"Quando fizemos "A Noiva de Chucky', estávamos no auge da moda do humor autorreferencial nos filmes de terror", disse Mancini, que cita como exemplo "Pânico".
"O Filho de Chucky" (2004) cometeu o erro de seguir pelo mesmo caminho, admite Mancini. O gosto pela ironia no cinema de terror começava a declinar para dar espaço ao "pornô tortura" ("Jogos Mortais", "O Albergue", entre outros), com a exposição de uma série de mutilações.
"O gênero terror reflete o que está acontecendo na cultura. Os anos 90 foram uma época feliz, em geral, nos Estados Unidos. As coisas pioraram muito na década seguinte", explica Mancini.
"Os monstros do cinema se adaptam e refletem tudo isto. Acredito que, hoje em dia, ninguém tem vontade de rir com os monstros porque eles estão muito presentes na vida real", destacou.
Em "A Maldição de Chucky", Mancini usou a tradição do cinema de terror gótico: uma casa antiga isolada, uma noite de tempestade, espaços obscuros, uma receita já testada e eficiente.
"Adoro a estética gótica, os jogos de sombras, as escadas. Toda a ação acontece em uma noite de tempestade, em uma casa inquietante. Ninguém pode sair, ninguém pode ajudar do lado de fora".
E, para colaborar com a sensação de claustrofobia, a personagem principal, Nica (Fiona Dourif, filha de Brad Dourif, histórica voz de Chucky), está presa a uma cadeira de rodas.
E Chucky, aos 25 anos, se livrou das cicatrizes e recuperou, pelo menos na aparência, a textura. Mas também perdeu outras características, o que os fãs perceberão rapidamente.
"Por exemplo, não sangra mais", disse Mancini.
"A mim parece que um boneco inanimado, que ganha vida, é muito mais aterrorizante se forem mantidas as propriedades normais de um objeto inanimado".
O filme, produzido quase 10 anos depois do quinto título da série, será lançado diretamente em DVD e Blu-ray no Brasil em 7 de novembro, assim como aconteceu nos Estados Unidos.
O americano Don Mancini, criador de Chucky e roteirista dos seis filmes da saga, retoma o papel de diretor, que assumiu em "O Filho de Chucky" (2004). Mas uma década depois o tom mudou radicalmente.
"O que eu mais queria, acima de tudo, era que Chucky voltasse a ser aterrorizante", explicou Mancini à AFP.
"Depois de ter feito duas comédias com 'A Noiva de Chucky' e 'O Filho de Chucky', os fãs queriam o retorno às origens e ao terror".
"Além disso, é o 25º aniversário da saga e queríamos criar um fator de nostalgia no filme, ter uma espécie de carta de amor para os fãs", disse.
A franquia Chucky, iniciada em 1988 com "Brinquedo Assassino", conseguiu ocupar um espaço de honra no rol dos monstros contemporâneos (ao lado do Jason de "Sexta-Feira 13", Michael Myers de "Halloween" e Fred Krueger de "A Hora do Pesadelo") e arrecadou mais de 175 milhões de dólares em todo o mundo.
Os três primeiros filmes da série eram de terror puro, mas "A Noiva de Chucky" (1998) marcou um ponto de virada ao utilizar o humor irônico e autorreferencial.
"Chucky é um personagem incrivelmente versátil. Funciona bem na comédia e no terror puro", disse Mancini.
"Quando fizemos "A Noiva de Chucky', estávamos no auge da moda do humor autorreferencial nos filmes de terror", disse Mancini, que cita como exemplo "Pânico".
"O Filho de Chucky" (2004) cometeu o erro de seguir pelo mesmo caminho, admite Mancini. O gosto pela ironia no cinema de terror começava a declinar para dar espaço ao "pornô tortura" ("Jogos Mortais", "O Albergue", entre outros), com a exposição de uma série de mutilações.
"O gênero terror reflete o que está acontecendo na cultura. Os anos 90 foram uma época feliz, em geral, nos Estados Unidos. As coisas pioraram muito na década seguinte", explica Mancini.
"Os monstros do cinema se adaptam e refletem tudo isto. Acredito que, hoje em dia, ninguém tem vontade de rir com os monstros porque eles estão muito presentes na vida real", destacou.
Em "A Maldição de Chucky", Mancini usou a tradição do cinema de terror gótico: uma casa antiga isolada, uma noite de tempestade, espaços obscuros, uma receita já testada e eficiente.
"Adoro a estética gótica, os jogos de sombras, as escadas. Toda a ação acontece em uma noite de tempestade, em uma casa inquietante. Ninguém pode sair, ninguém pode ajudar do lado de fora".
E, para colaborar com a sensação de claustrofobia, a personagem principal, Nica (Fiona Dourif, filha de Brad Dourif, histórica voz de Chucky), está presa a uma cadeira de rodas.
E Chucky, aos 25 anos, se livrou das cicatrizes e recuperou, pelo menos na aparência, a textura. Mas também perdeu outras características, o que os fãs perceberão rapidamente.
"Por exemplo, não sangra mais", disse Mancini.
"A mim parece que um boneco inanimado, que ganha vida, é muito mais aterrorizante se forem mantidas as propriedades normais de um objeto inanimado".
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