Irina Bokova é reeleita na direção-geral da Unesco
PARIS, 04 Out 2013 (AFP) - A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco), a búlgara Irina Bokova, foi reeleita nesta sexta-feira no primeiro turno da votação, anunciou à AFP um porta-voz da agência da ONU.
"Irina Bokova venceu com 39 votos" de um total de 58 membros do Conselho Executivo da Unesco, disse à AFP Lucía Iglesias Kuntz.
"Rachad Farah teve 13 votos e Joseph Maila, 6 votos", acrescentou a porta-voz, em alusão aos dois rivais de Bokova para presidir a Unesco por quatro anos.
Bokova era a favorita, embora a eleição se anunciasse difícil devido às candidaturas de Rachad Farah, embaixador do Djibuti na França, e do universitário libanês Joseph Maila.
Para pedir um novo mandato, Bokova defendeu a normalização da organização e uma gestão rigorosa.
Farah e Maila afirmaram, ao contrário, que a Unesco está perdendo sua grandeza e razão de ser.
Eleita diretora-geral da Unesco em 2009, Bokova precisou enfrentar a crise financeira causada pela suspensão da contribuição americana ao orçamento a partir da incorporação da Palestina, que se tornou em 31 de outubro de 2011 o 195º membro da organização.
A decisão dos Estados Unidos significou um corte de 22% no orçamento da Unesco, que passou de US$ 653 milhões para US$ 507 milhões.
"A crise financeira ficou para trás", afirmou Bokova esta semana diante dos 58 representantes dos países-membros.
No entanto, declarou-se "preocupada", considerando que US$ 507 milhões é "um montante irrisório em comparação com o nosso mandato".
Para respeitar o orçamento, 300 pessoas correm o risco de perder seus empregos. Mil e duzentas pessoas trabalham para a Unesco em sua sede em Paris e 900 pessoas em outras partes do mundo.
Eric Falt, vice-diretor-geral para as Relações Exteriores, relatou à AFP o "trauma" que significou a retirada da contribuição americana. "A Unesco podia ter desaparecido", afirmou, avaliando que depois de "sobreviver a esta crise, não é o momento de trocar o capitão".
Bokova "arrecadou 75 milhões de dólares (de outros membros após a retirada dos Estados Unidos) e não suprimiu nenhum cargo, nem nenhum dos principais programas" apesar da redução orçamentária, afirmou à AFP um embaixador ocidental que pediu para ter sua identidade preservada.
Mas outras posições foram menos taxativas. Bokova "é popular entre aqueles que queriam que esta reforma fosse feita e impopular entre aqueles que a sofreram", afirmou um diplomata árabe, acrescentando que ela "se negou a mudar o nível de contribuições", como propunham vários países.
Diplomata de carreira, ex-comunista transformada em uma europeísta convicta, Bokova foi a primeira mulher a chefiar a Unesco ao ser eleita pela primeira vez ao cargo, em 2009.
Além do búlgaro, ela fala inglês, espanhol, francês e russo. É casada e mãe de dois filhos.
Sua reeleição deverá ser aprovada em 12 de novembro pela Conferência Geral, que reúne os 195 Estados-membros da Organização.
"Irina Bokova venceu com 39 votos" de um total de 58 membros do Conselho Executivo da Unesco, disse à AFP Lucía Iglesias Kuntz.
"Rachad Farah teve 13 votos e Joseph Maila, 6 votos", acrescentou a porta-voz, em alusão aos dois rivais de Bokova para presidir a Unesco por quatro anos.
Bokova era a favorita, embora a eleição se anunciasse difícil devido às candidaturas de Rachad Farah, embaixador do Djibuti na França, e do universitário libanês Joseph Maila.
Para pedir um novo mandato, Bokova defendeu a normalização da organização e uma gestão rigorosa.
Farah e Maila afirmaram, ao contrário, que a Unesco está perdendo sua grandeza e razão de ser.
Eleita diretora-geral da Unesco em 2009, Bokova precisou enfrentar a crise financeira causada pela suspensão da contribuição americana ao orçamento a partir da incorporação da Palestina, que se tornou em 31 de outubro de 2011 o 195º membro da organização.
A decisão dos Estados Unidos significou um corte de 22% no orçamento da Unesco, que passou de US$ 653 milhões para US$ 507 milhões.
"A crise financeira ficou para trás", afirmou Bokova esta semana diante dos 58 representantes dos países-membros.
No entanto, declarou-se "preocupada", considerando que US$ 507 milhões é "um montante irrisório em comparação com o nosso mandato".
Para respeitar o orçamento, 300 pessoas correm o risco de perder seus empregos. Mil e duzentas pessoas trabalham para a Unesco em sua sede em Paris e 900 pessoas em outras partes do mundo.
Eric Falt, vice-diretor-geral para as Relações Exteriores, relatou à AFP o "trauma" que significou a retirada da contribuição americana. "A Unesco podia ter desaparecido", afirmou, avaliando que depois de "sobreviver a esta crise, não é o momento de trocar o capitão".
Bokova "arrecadou 75 milhões de dólares (de outros membros após a retirada dos Estados Unidos) e não suprimiu nenhum cargo, nem nenhum dos principais programas" apesar da redução orçamentária, afirmou à AFP um embaixador ocidental que pediu para ter sua identidade preservada.
Mas outras posições foram menos taxativas. Bokova "é popular entre aqueles que queriam que esta reforma fosse feita e impopular entre aqueles que a sofreram", afirmou um diplomata árabe, acrescentando que ela "se negou a mudar o nível de contribuições", como propunham vários países.
Diplomata de carreira, ex-comunista transformada em uma europeísta convicta, Bokova foi a primeira mulher a chefiar a Unesco ao ser eleita pela primeira vez ao cargo, em 2009.
Além do búlgaro, ela fala inglês, espanhol, francês e russo. É casada e mãe de dois filhos.
Sua reeleição deverá ser aprovada em 12 de novembro pela Conferência Geral, que reúne os 195 Estados-membros da Organização.
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