Líde opositor britânico critica jornal por afirmar que seu pai odiava a Grã-Bretanha
LONDRES, 01 Out 2013 (AFP) - O líder da oposição trabalhista britânica, Ed Miliband, respondeu nesta terça-feira ao jornal Daily Mail, que afirmou que seu pai odiava a Grã-Bretanha e que seu filho queria homenageá-lo instaurando o marxismo.
O Daily Mail apresentou Ralph Miliband, teórico marxista nascido em Bruxelas de pais imigrantes polacos e judeus, já falecido, como "o homem que odiava a Grã-Bretanha".
Para isso, baseou-se em algo escrito em seu diário, quando ele tinha 17 anos. Dizia: "os ingleses são nacionalistas fanáticos. São, talvez, as pessoas mais nacionalistas do mundo... às vezes desejo que percam (a guerra) para que aprendam".
Ralph Miliband, que faleceu em 1994 aos 70 anos, fugiu para a Bélgica em 1940 para escapar dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e se alistou na Marinha Real britânica, participando do desembarque na Normandia.
O Daily Mail permitiu que seu filho respondesse nesta terça-feira em um artigo. Ele considerou "absurdo" tirar conclusões a partir do diário de um adolescente.
"As polêmicas sobre suas posições políticas não justificam a destruição da imagem do meu pai (...)" nem o questionamento "do patriotismo de um homem que arriscou a vida na Segunda Guerra Mundial" nem "a publicação de uma foto de sua sepultura com trocadilhos bregas", escreveu Miliband.
A foto a qual fez referência estava acompanhada pela legenda "grave socialist", um jogo de palavras com "grave", que em inglês significa "sério", mas também "túmulo".
"A Grã-Bretanha foi uma fonte de esperança e conforto para ele, não de ódio", acrescentou, pedindo aos políticos que respondessem a tais ataques.
E, de fato, o primeiro-ministro conservador David Cameron expressou sua solidariedade.
"Se alguém mexesse com meu pai, eu levaria muito a sério", disse Cameron.
Apesar da resposta de Miliband ter sido publicada, o Daily Mail defendeu seu artigo com o título: "Nós repetimos: este homem odiava a Grã-Bretanha."
jwp-rjm/gj/cc/al/ame/mr
O Daily Mail apresentou Ralph Miliband, teórico marxista nascido em Bruxelas de pais imigrantes polacos e judeus, já falecido, como "o homem que odiava a Grã-Bretanha".
Para isso, baseou-se em algo escrito em seu diário, quando ele tinha 17 anos. Dizia: "os ingleses são nacionalistas fanáticos. São, talvez, as pessoas mais nacionalistas do mundo... às vezes desejo que percam (a guerra) para que aprendam".
Ralph Miliband, que faleceu em 1994 aos 70 anos, fugiu para a Bélgica em 1940 para escapar dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e se alistou na Marinha Real britânica, participando do desembarque na Normandia.
O Daily Mail permitiu que seu filho respondesse nesta terça-feira em um artigo. Ele considerou "absurdo" tirar conclusões a partir do diário de um adolescente.
"As polêmicas sobre suas posições políticas não justificam a destruição da imagem do meu pai (...)" nem o questionamento "do patriotismo de um homem que arriscou a vida na Segunda Guerra Mundial" nem "a publicação de uma foto de sua sepultura com trocadilhos bregas", escreveu Miliband.
A foto a qual fez referência estava acompanhada pela legenda "grave socialist", um jogo de palavras com "grave", que em inglês significa "sério", mas também "túmulo".
"A Grã-Bretanha foi uma fonte de esperança e conforto para ele, não de ódio", acrescentou, pedindo aos políticos que respondessem a tais ataques.
E, de fato, o primeiro-ministro conservador David Cameron expressou sua solidariedade.
"Se alguém mexesse com meu pai, eu levaria muito a sério", disse Cameron.
Apesar da resposta de Miliband ter sido publicada, o Daily Mail defendeu seu artigo com o título: "Nós repetimos: este homem odiava a Grã-Bretanha."
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