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"Cinquenta tons de cinza" é a leitura favorita dos presos de Guantánamo

Trilogia Cinquenta Tons de Cinza - Divulgação
Trilogia Cinquenta Tons de Cinza Imagem: Divulgação

01/08/2013 08h43

A saga erótica de "Cinquenta Tons de Cinza" é uma leitura muito popular entre os detentos de Guantánamo, de acordo com congressistas americanos que visitaram a prisão situada em Cuba.

"Além do Alcorão, o livro mais pedido por eles (presos do Campo 7) é 'Cinquenta tons de cinza'", indicou o representante democrata Jim Moran ao jornal "Huffington Post".

"Leram toda a trilogia em inglês", acrescentou Moran, que é a favor do fechamento do centro de detenção localizado na base militar americana no sudeste de Cuba.

"Imagino que não aconteça muita coisa (na prisão). Esses caras não têm nada para fazer e se perguntam: por que não mergulhar nesta saga de sadomasoquismo soft?", ressaltou.

O legislador integra uma delegação do Congresso americano que visitou Guantánamo para conversar com o comandante, com o médico-chefe e com o agente encarregado do Campo 7, a zona mais protegida da prisão.

A autora britânica E.L. James vendeu mais de 70 milhões de exemplares de sua trilogia erótica, na qual narra as aventuras sexuais dos protagonistas da série com direito a algemas e vendas nos olhos.

No Campo 7, os detentos - entre eles cinco homens acusados dos atentados de 11 de setembro de 2001 - são encapuzados e algemados durante suas transferências para outras partes da prisão.

O presidente Barack Obama prometeu em sua primeira campanha presidencial, em 2008, fechar o centro de detenção que abriga os presos da "guerra contra o terrorismo". Esse compromisso foi frustrado várias vezes pelo Congresso.

Dos 166 detentos em Guatánamo, 86 -cinco deles iemenitas- foram designados como transferíveis para seu país de origem pelos governos de Obama e de seu antecessor George W. Bush. Outros 46 estão detidos de forma ilimitada, sem acusação formal, mas são considerados perigosos demais para serem liberados.