Topo

Pamplona abre Festival de São Firmino, nove dias de celebração e touros

06/07/2013 11h27

PAMPLONA, Espanha, 06 Jul 2013 (AFP) - A cidade de Pamplona, no norte da Espanha, se enfeita a partir deste sábado de branco e vermelho para comemorar, como todos os anos, o Festival de São Firmino, nove dias de festa e touros.

Ao meio-dia em ponto, ao grito de "Viva São Firmino!", estava previsto o "chupinazo", o foguete lançado da sacada da prefeitura que abre oficialmente o festival. No entanto, o "chupinazo" foi atrasado por vinte minutos devido à abertura de uma enorme "ikurriña" (bandeira basca) em frente à fachada da prefeitura.

Desde muito cedo, os moradores de Pamplona e os turistas provenientes de todas as partes do mundo se dirigiram à praça, muitos deles abastecidos com grandes copos de sangria ou cerveja.

Maria Gutiérrez Martínez, moradora de Pamplona de 60 anos, foi uma das primeiras a chegar para não perder o espetáculo: "Costumo vir todos os anos, gosto muito. Este é um lugar único, o momento de maior alegria é o chupinazo", afirma.

Alison Windsor chegou especialmente da Austrália. É sua primeira Festa de São Firmino. Com 27 anos, diz que estar no local "é uma das grandes coisas que devem ser feitas antes de morrer".

"Disseram-me que isto é a loucura. Tinha que fazer isso uma vez na vida", explica.

Quando o "chupinazo" é lançado, a euforia e a festa se apoderam de toda a cidade. As pessoas dançam, cantam, bebem, muitas vezes até a madrugada. E às oito da manhã de domingo ocorre o primeiro dos "encierros" de Pamplona, 848 metros de percurso pelas sinuosas ruas do centro da cidade até a praça de touros. Estas corridas de touros tornaram mundialmente famosa a Festa de São Firmino de Pamplona.

Em alguns minutos de grande tensão, os corredores dividem espaço com os seis enormes touros de mais de 500 quilos cada um, que serão lidados por toureiros durante a tarde na praça. Algumas pessoas, mais ousadas, tentam se aproximar dos touros e tocar seus chifres; outras preferem manter uma certa distância.

O perigoso ritual se repetirá a cada manhã até 14 de julho e é um dos símbolos desta festa, cujas origens remontam à Idade Média e misturam tradições religiosas, em homenagem a São Firmino, padroeiro de Pamplona, e tradições das antigas feiras comerciais.

Em 2012, 20.700 corredores participaram dos oito "encierros", uma média de 2.587 por dia. Às vezes, o encierro acaba em tragédia: 15 participantes morreram desde 1911. O último falecimento, de um espanhol de 27 anos, ocorreu em 2009.

No ano passado, um milhão e meio de pessoas participaram do Festival, onde se alternam as corridas de touros, as procissões religiosas, as danças tradicionais ou as demonstrações de esportes bascos.