Monte Fuji, símbolo do Japão, é reconhecido como patrimônio mundial
PHNOM PENH, 22 Jun 2013 (AFP) - A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) reconheceu neste sábado o Monte Fuji, mundialmente famoso por seu cone vulcânico coroado de neve, como Patrimônio Mundial, ressaltando a importância da montanha para a cultura japonesa.
O comitê da Unesco reconheceu o Monte Fuji durante seu 37º encontro, realizado em Phnom Penh, no Camboja. Ele foi classificado com o um patrimônio cultural, ao invés de natural.
"O Fujisan (Monte Fuji), cone vulcânico solitário, muitas vezes coroados de neve, que se eleva acima das aldeias, mar e lagos arborizados, inspira artistas e poetas há séculos e é um local de peregrinação", ressaltou a Unesco em seu relatório preparatório para a reunião.
"O respeito e o temor inspirados pela forma majestosa do Monte Fuji e sua atividade vulcânica intermitente deram origem a práticas religiosas associadas ao xintoísmo e ao budismo", acrescenta o texto.
"A forma cônica quase perfeita do Monte Fuji inspirou os artistas do início do século XIX, que produziram imagens que transcendem culturas e que permitiram a divulgação da montanha em todo o mundo e que tiveram uma profunda influência sobre o desenvolvimento da arte ocidental", defende.
A parte inscrita pela Unesco inclui o cume da montanha e, espalhados pelas encostas até a base, sete santuários, abrigos que recebem peregrinos e um grupo de "fenômenos naturais reverenciados" (fontes, cascatas, pinheiros e árvores moldadas na lava).
O vulcão, cerca de 100 km ao sudoeste de Tóquio, eleva-se a 3.776 metros e sua encosta chega até o mar na baía de Suruga.
"É uma das coisas mais bonitas criadas na Terra", declarou há alguns dias à AFP o governador da prefeitura de Shizuoka, Heita Kawakatsu, sobre a montanha imortalizada em 36 vistas do pintor Hokusai.
Estas vistas inspiraram muitos artistas europeus, como Claude Debussy, que escolheu "The Wave of Kanagawa" de Hokusai como trilha sonora original para "The Sea".
Van Gogh, Degas, Manet, Monet, Gauguin e Seurat, todos esses foram, em algum momento, influenciados pelo "ukiyo-e", a arte gravada na madeira, cujo precursor foi Hiroshige Hokusai no século XIX.
"O Fuji é uma obra-prima da natureza", disse o governador.
O monte recebe entre 250 mil e 300 mil pessoas durante os dois meses de verão em que o montanhismo é autorizado e a recomendação de reconhecê-lo como patrimônio pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) está associado ao desejo das autoridades japonesas em aumentar a vigilância para preservar este local de cerca de 70.000 hectares.
O Monte Fuji é o 17º local do Japão a ser inscrito pela Unesco. Além dos monumentos históricos da Antiga Quioto, o Memorial da Paz em Hiroshima, santuários e templos da cidade de Nikko, os monumentos da antiga capital Nara e o famoso santuário Itsukushima, com o seu "tori" vermelho, já foram reconhecidos.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco deve analisar ainda nesta reunião o registro de 31 sítios naturais e culturais para entrar na lista do patrimônio mundial.
Entre os candidatos que esperam receber o reconhecimento pelo seu "valor universal excepcional", estão a cidade de Agadez (Níger), as vilas Medicis (Itália) e a estação balneária canadense de Red Bay.
cat-dla/phv-pa/me/mr
O comitê da Unesco reconheceu o Monte Fuji durante seu 37º encontro, realizado em Phnom Penh, no Camboja. Ele foi classificado com o um patrimônio cultural, ao invés de natural.
"O Fujisan (Monte Fuji), cone vulcânico solitário, muitas vezes coroados de neve, que se eleva acima das aldeias, mar e lagos arborizados, inspira artistas e poetas há séculos e é um local de peregrinação", ressaltou a Unesco em seu relatório preparatório para a reunião.
"O respeito e o temor inspirados pela forma majestosa do Monte Fuji e sua atividade vulcânica intermitente deram origem a práticas religiosas associadas ao xintoísmo e ao budismo", acrescenta o texto.
"A forma cônica quase perfeita do Monte Fuji inspirou os artistas do início do século XIX, que produziram imagens que transcendem culturas e que permitiram a divulgação da montanha em todo o mundo e que tiveram uma profunda influência sobre o desenvolvimento da arte ocidental", defende.
A parte inscrita pela Unesco inclui o cume da montanha e, espalhados pelas encostas até a base, sete santuários, abrigos que recebem peregrinos e um grupo de "fenômenos naturais reverenciados" (fontes, cascatas, pinheiros e árvores moldadas na lava).
O vulcão, cerca de 100 km ao sudoeste de Tóquio, eleva-se a 3.776 metros e sua encosta chega até o mar na baía de Suruga.
"É uma das coisas mais bonitas criadas na Terra", declarou há alguns dias à AFP o governador da prefeitura de Shizuoka, Heita Kawakatsu, sobre a montanha imortalizada em 36 vistas do pintor Hokusai.
Estas vistas inspiraram muitos artistas europeus, como Claude Debussy, que escolheu "The Wave of Kanagawa" de Hokusai como trilha sonora original para "The Sea".
Van Gogh, Degas, Manet, Monet, Gauguin e Seurat, todos esses foram, em algum momento, influenciados pelo "ukiyo-e", a arte gravada na madeira, cujo precursor foi Hiroshige Hokusai no século XIX.
"O Fuji é uma obra-prima da natureza", disse o governador.
O monte recebe entre 250 mil e 300 mil pessoas durante os dois meses de verão em que o montanhismo é autorizado e a recomendação de reconhecê-lo como patrimônio pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) está associado ao desejo das autoridades japonesas em aumentar a vigilância para preservar este local de cerca de 70.000 hectares.
O Monte Fuji é o 17º local do Japão a ser inscrito pela Unesco. Além dos monumentos históricos da Antiga Quioto, o Memorial da Paz em Hiroshima, santuários e templos da cidade de Nikko, os monumentos da antiga capital Nara e o famoso santuário Itsukushima, com o seu "tori" vermelho, já foram reconhecidos.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco deve analisar ainda nesta reunião o registro de 31 sítios naturais e culturais para entrar na lista do patrimônio mundial.
Entre os candidatos que esperam receber o reconhecimento pelo seu "valor universal excepcional", estão a cidade de Agadez (Níger), as vilas Medicis (Itália) e a estação balneária canadense de Red Bay.
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