Bisneta de Wagner divulgará documentos da família
BERLIM, 18 Mai 2013 (AFP) - Katharina Wagner, bisneta de Richard Wagner, pretende entregar ao estado regional de Baviera (sul da Alemanha) documentos familiares para esclarecer o passado polêmico do compositor favorito de Adolf Hitler, 200 anos depois de seu nascimento, afirmou em uma entrevista que será publicada no domingo pelo jornal Tagesspiegel.
De acordo com o diário, a diretora do festival de Bayreuth, dedicado todos os anos ao compositor, contempla "em breve" entregar aos arquivos do governo os documentos herdados de seu pai Wolfgang, "para oferecer aos pesquisadores a possibilidade de acesso" ao passado da família e suas ligações com o ditador alemão.
Segundo trechos da entrevista, Katharina Wagner, de 34 anos, explica que cedeu os documentos em 2010 a um historiador e a um jornalista. Ela lamenta que os dois não tenham feito nada, ao menos por enquanto.
Este ano é celebrado o bicentenário de Richard Wagner, que nasceu em Leipzig em 22 de maio de 1813 e morreu em Veneza em 13 de fevereiro de 1883, muito antes do surgimento do nazismo.
Mas Hitler foi um fervoroso admirador de sua música, frequentava Bayreuth e era amigo da família do filho de Wagner, Siegfried, e de seus netos Wolfgang e Wieland, que o chamavam de "tio Wolf".
Antissemita, misógino, defensor da pureza racial reivindicada pelo nazismo, historiadores e músicos continuam debatendo a herança política e social de Wagner.
De acordo com o diário, a diretora do festival de Bayreuth, dedicado todos os anos ao compositor, contempla "em breve" entregar aos arquivos do governo os documentos herdados de seu pai Wolfgang, "para oferecer aos pesquisadores a possibilidade de acesso" ao passado da família e suas ligações com o ditador alemão.
Segundo trechos da entrevista, Katharina Wagner, de 34 anos, explica que cedeu os documentos em 2010 a um historiador e a um jornalista. Ela lamenta que os dois não tenham feito nada, ao menos por enquanto.
Este ano é celebrado o bicentenário de Richard Wagner, que nasceu em Leipzig em 22 de maio de 1813 e morreu em Veneza em 13 de fevereiro de 1883, muito antes do surgimento do nazismo.
Mas Hitler foi um fervoroso admirador de sua música, frequentava Bayreuth e era amigo da família do filho de Wagner, Siegfried, e de seus netos Wolfgang e Wieland, que o chamavam de "tio Wolf".
Antissemita, misógino, defensor da pureza racial reivindicada pelo nazismo, historiadores e músicos continuam debatendo a herança política e social de Wagner.
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