Exposição em Berlim reúne desenhos de artista feitos em campo de concentração
O Museu judeu de Berlim expõe a partir desta sexta-feira (17) desenhos clandestinos do artista tcheco Bedrich Fritta, deportado a Theresienstadt (1941-1944), uma viagem esmagadora neste campo-gueto criado para burlar a opinião pública sobre o destino dos judeus na Europa.
"Em um lugar terrível produz uma obra terrível". Seu neto, David Haas, resume o trabalho deste desenhista, internado aos 35 anos com sua mulher e seu filho de apenas um ano nesta cidade fortaleza dos arredores de Praga que o regime nazista apresentava como um "campo modelo" em suas visitas organizadas para a propaganda.
Theresienstadt (hoje Tezerin, na República Tcheca), acolhia muitos artistas: músicos, escritores, pintores, cujo talento foi explorado para este fim. Responsável por um ateliê de cerca de 20 desenhistas, Fritta era um deles. Escondido, o artista produziu outro trabalho, revelando o lado obscuro do lugar.
Cerca de 150.000 homens, mulheres, avós e crianças passaram pela cidade fortaleza de Thereseinstadt. Cerca de 35.000 morreram ali devido às más condições de higiene e 87.000 foram deportados e morreram em Auschwitz-Birkenau, como Bedrich Fritta.
A exposição "Bedrich Fritta: desenhos do gueto de Theresienstadt" (36 desenhos de grande formato, 25 esboços) dura até 25 de agosto.
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