Adaptação de ópera de Wagner ambientada na época do nazismo é tirada de cartaz
FRANKFURT AM MAIN, 09 Mai 2013 (AFP) - A ópera "Tannhauser", de Richard Wagner, ambientada na época do nazismo, foi retirada de cartaz devido ao realismo de algumas cenas que causaram desconforto no público, indicou nesta quinta-feira a Opera Dusseldorf.
Entre as cenas criticadas está uma que mostra a execução de uma família por militares nazistas e outra que evoca as câmaras de gás, informou a imprensa.
"A Opera de Dusseldorf estava ciente de que o conceito e a transposição de "Tannhauser" do diretor Burkhard Kosminski provocariam um debate", explicou um comunicado do estabelecimento publicado na internet.
No entanto, "com grande surpresa, constatamos que algumas cenas, particularmente cenas muito realistas de execuções, causaram em muitos espectadores reações visivelmente graves, físicas e psicológicas", indicou a direção da Ópera de Dusseldorf.
Tiveram espectadores que depois de assistirem ao espetáculo "precisaram consultar um médico", acrescentou o comunicado, no qual a direção explica que não continuará a apresentar a obra.
Kosminski transformou a mitológica Venusberg (Montanha de Vênus em alemão), onde transcorre a ópera, símbolo na obra de Wagner do amor hedonista, em um lugar de crimes nazistas, levando a reação irada do público após 30 minutos.
Wagner era certamente um "ardente antissemita", mas "não tinha nada a ver com o Holocausto", declarou um líder da comunidade judaica em Dusseldorf, Michael Szentei-Heise.
Este ano, o mundo inteiro comemora o bicentenário do compositor alemão Richard Wagner (1813-1883).
esp/fjb/fw.
Entre as cenas criticadas está uma que mostra a execução de uma família por militares nazistas e outra que evoca as câmaras de gás, informou a imprensa.
"A Opera de Dusseldorf estava ciente de que o conceito e a transposição de "Tannhauser" do diretor Burkhard Kosminski provocariam um debate", explicou um comunicado do estabelecimento publicado na internet.
No entanto, "com grande surpresa, constatamos que algumas cenas, particularmente cenas muito realistas de execuções, causaram em muitos espectadores reações visivelmente graves, físicas e psicológicas", indicou a direção da Ópera de Dusseldorf.
Tiveram espectadores que depois de assistirem ao espetáculo "precisaram consultar um médico", acrescentou o comunicado, no qual a direção explica que não continuará a apresentar a obra.
Kosminski transformou a mitológica Venusberg (Montanha de Vênus em alemão), onde transcorre a ópera, símbolo na obra de Wagner do amor hedonista, em um lugar de crimes nazistas, levando a reação irada do público após 30 minutos.
Wagner era certamente um "ardente antissemita", mas "não tinha nada a ver com o Holocausto", declarou um líder da comunidade judaica em Dusseldorf, Michael Szentei-Heise.
Este ano, o mundo inteiro comemora o bicentenário do compositor alemão Richard Wagner (1813-1883).
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