Morre o cineasta Bigas Luna, que revelou Penélope Cruz e Javier Bardem
MADRI, 06 Abr 2013 (AFP) - O diretor de cinema espanhol José Juan Bigas Luna, que revelou os atores Javier Bardem, Penélope Cruz e Ariadna Gil, faleceu neste sábado vítima de um câncer aos 67 anos.
O diretor catalão, conhecido por filmes como "Jamón, Jamón", "Lola", "Ovos de Ouro" ou "A teta e a lua", faleceu na cidade catalã de La Riera de Gaia e será sepultado em uma cerimônia íntima, informou a assessora de imprensa do cineasta, Pilar Morillo.
"Morreu esta noite. Teve leucemia e não queria que ninguém soubesse, exceto os parentes mais próximos", disse Morillo.
Apesar da doença, Bigas Luna não parou de trabalhar e pretendia rodar um novo filme, "El mecanoscrito del segundo origen", uma adaptação do livro de ficção científica do catalão Manuel Pedrolo.
"Seu último desejo era que o filme fosse concluído e dedicado ao seu neto", disse.
"De todas as pessoas que conheci na vida, ele era a pessoa mais alegre, mais vital", completou.
Provocador em seus filmes, Bigas Luna ganhou destaque no fim da década de 1970 com "Tatuajes" e "Bilbao" (este último selecionado para o Festival de Cannes), mas teve que esperar até 1992 para o reconhecimento de crítica e público com "Jamón Jamón", pelo qual recebeu o Leão de Prata do Festival de Veneza e o prêmio do Júri do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián.
Esse filme revelou dois jovens que se tornariam consagrados atores do cinema internacional: Penélope Cruz e Javier Bardem, que prosseguiriam suas carreiras de modo separado até uma nova reunião em 2008, no filme de Woody Allen "Vicky Cristina Barcelona".
Nas filmagens do longa-metragem de Allen o casal iniciou o relacionamento, que resultou em casamento em 2011.
"Devo toda minha carreira a Bigas Luna, foi o primeiro que me fez ler um roteiro", afirmou Javier Bardem em uma entrevista em 2001.
O ator e o diretor trabalharam juntos em "As Idades de Lulu" (1990), "Jamón, Jamón" (1992) e "Ovos de Ouro" (1993), no qual Bardem encarna o protótipo do homem espanhol.
Penélope Cruz voltou a trabalhar com o diretor catalão em 1999 em "Volaverunt", um thriller erótico ambientado no século XVIII com Goya, a Duquesa de Alba, o rei Carlos IV e sua esposa como protagonistas.
Volaverunt (o nome que a duquesa de Alba a seu sexo) "é um filme sobre sexo, às vezes grotesco, brutal e poético", disse o diretor.
"Mas a vida é o sexo. É por isso que espero que o sexo continue sendo a política principal na Espanha e nos outros países", disse na época.
Antes havia rodado "Bámbola" (1996), no qual destacou seus fantasmas erótico-gastronômicos, e "A camareira do Titanic" (1997).
Fotógrafo profissional, ele trabalhou nos mundos da moda e da publicidade antes de entrar no cinema.
Bigas Luna foi um "diretor atrevido, transgressor e insólito desde suas primeiras obras, desde 'Histórias Impúdicas' e 'Bilbao', até sua última produção 'Di di Hollywood'" em 2010, disse o ministro espanhol da Cultura, José Ignacio Wert.
Nascido em 19 de março de 1946 em Barcelona, Bigas Luna morava na província catalã de Tarragona, onde criou com a mulher uma empresa de produtos biológicos..
"Tinha duas facetas diferentes, como artista e como homem", explicou Pilar Morillo.
"Transgressor em seu cinema, na vida privada era absolutamente apaixonado por sua mulher e ligado às filhas", disse.
O diretor catalão, conhecido por filmes como "Jamón, Jamón", "Lola", "Ovos de Ouro" ou "A teta e a lua", faleceu na cidade catalã de La Riera de Gaia e será sepultado em uma cerimônia íntima, informou a assessora de imprensa do cineasta, Pilar Morillo.
"Morreu esta noite. Teve leucemia e não queria que ninguém soubesse, exceto os parentes mais próximos", disse Morillo.
Apesar da doença, Bigas Luna não parou de trabalhar e pretendia rodar um novo filme, "El mecanoscrito del segundo origen", uma adaptação do livro de ficção científica do catalão Manuel Pedrolo.
"Seu último desejo era que o filme fosse concluído e dedicado ao seu neto", disse.
"De todas as pessoas que conheci na vida, ele era a pessoa mais alegre, mais vital", completou.
Provocador em seus filmes, Bigas Luna ganhou destaque no fim da década de 1970 com "Tatuajes" e "Bilbao" (este último selecionado para o Festival de Cannes), mas teve que esperar até 1992 para o reconhecimento de crítica e público com "Jamón Jamón", pelo qual recebeu o Leão de Prata do Festival de Veneza e o prêmio do Júri do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián.
Esse filme revelou dois jovens que se tornariam consagrados atores do cinema internacional: Penélope Cruz e Javier Bardem, que prosseguiriam suas carreiras de modo separado até uma nova reunião em 2008, no filme de Woody Allen "Vicky Cristina Barcelona".
Nas filmagens do longa-metragem de Allen o casal iniciou o relacionamento, que resultou em casamento em 2011.
"Devo toda minha carreira a Bigas Luna, foi o primeiro que me fez ler um roteiro", afirmou Javier Bardem em uma entrevista em 2001.
O ator e o diretor trabalharam juntos em "As Idades de Lulu" (1990), "Jamón, Jamón" (1992) e "Ovos de Ouro" (1993), no qual Bardem encarna o protótipo do homem espanhol.
Penélope Cruz voltou a trabalhar com o diretor catalão em 1999 em "Volaverunt", um thriller erótico ambientado no século XVIII com Goya, a Duquesa de Alba, o rei Carlos IV e sua esposa como protagonistas.
Volaverunt (o nome que a duquesa de Alba a seu sexo) "é um filme sobre sexo, às vezes grotesco, brutal e poético", disse o diretor.
"Mas a vida é o sexo. É por isso que espero que o sexo continue sendo a política principal na Espanha e nos outros países", disse na época.
Antes havia rodado "Bámbola" (1996), no qual destacou seus fantasmas erótico-gastronômicos, e "A camareira do Titanic" (1997).
Fotógrafo profissional, ele trabalhou nos mundos da moda e da publicidade antes de entrar no cinema.
Bigas Luna foi um "diretor atrevido, transgressor e insólito desde suas primeiras obras, desde 'Histórias Impúdicas' e 'Bilbao', até sua última produção 'Di di Hollywood'" em 2010, disse o ministro espanhol da Cultura, José Ignacio Wert.
Nascido em 19 de março de 1946 em Barcelona, Bigas Luna morava na província catalã de Tarragona, onde criou com a mulher uma empresa de produtos biológicos..
"Tinha duas facetas diferentes, como artista e como homem", explicou Pilar Morillo.
"Transgressor em seu cinema, na vida privada era absolutamente apaixonado por sua mulher e ligado às filhas", disse.
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