Diretor do Bolshoi acredita que outras pessoas estavam envolvidas em ataque

O diretor artístico do teatro Bolshoi, Serguei Filin, vítima de um ataque com ácido em janeiro, não acredita que o crime tenha sido esclarecido, apesar da confissão de um bailarino e de dois supostos cúmplices, afirmou a esposa da vítima.
Filin, que atualmente recebe tratamento médico na Alemanha, "está convencido de que o círculo de pessoas envolvidas no crime é muito mais amplo. Esperamos que as forças de segurança desmascarem todos os envolvidos", declarou a esposa do diretor, Maria Prorvitch, ao jornal "Komsomolska¯a Pravda".
A polícia anunciou na quarta-feira (6) que o suposto autor intelectual do crime, o bailarino Pavel Dmitritchenko, assim como o agressor e seu motorista admitiram suas respectivas culpas.
Um canal de televisão russo exibiu um vídeo da confissão de Pavel Dmitritchenko filmado pela polícia.
"Eu organizei o ataque, mas não queria chegar tão longe", afirma no vídeo.
Agredido com ácido em 17 de janeiro perto do edifício na qual mora, Filin vinculou imediatamente o ataque a sua atividade profissional. Em uma entrevista ele afirmou que estava "absolutamente seguro" da identidade do agressor, mas não revelou outros detalhes.
Ao ser questionada se Filin suspeitava de Dmitritchenko, a esposa afirmou que "esta era sua ideia".
Mas de acordo com Maria Prorvitch, o diretor não acredita na versão divulgada pela imprensa de que o motivo do crime foi a companheira de Pavel Dmitritchenko, a bailarina Angelina Vorontsova, preterida por Filin para o papel principal em uma encenação de "O Lago dos Cisnes".
"Serguei acredita que os motivos do crime são outros. A jovem é um pretexto, mas com certeza não é a razão principal", declarou.
O agressor que jogou ácido sulfúrico no rosto de Filin recebeu 50.000 rublos (1.630 dólares), segundo a polícia.
O suposto agressor, Yuri Zarutski, de 35 anos, que segundo a imprensa tem antecedentes penais, confessou o crime na quarta-feira.
Além de Zarutski, o motorista que o levou ao local do crime também admitiu culpa.
Os três homens serão levados a um tribunal de Moscou que decidirá sobre a prisão preventiva.
No caso de um indiciamento por atentado grave contra a saúde de Filin, que sofreu queimaduras de terceiro grau, eles podem ser condenados a até 12 anos de prisão.
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