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Estrelas de Hollywood pressionam Congresso por controle de armas

Chris Rock fala no evento em Nova York manifestando apoio a leis que buscam proibir as armas de assalto de uso militar - Chip Somodevilla/AFP
Chris Rock fala no evento em Nova York manifestando apoio a leis que buscam proibir as armas de assalto de uso militar Imagem: Chip Somodevilla/AFP

07/02/2013 02h35

Várias estrelas de Hollywood e os filhos de Martin Luther King Jr. e Robert F. Kennedy se reuniram em um evento na quarta-feira (6) para pedir aos legisladores medidas mais severas para reduzir a violência armada.

O comediante Chris Rock, o cantor Tony Bennett e a atriz Amanda Peet manifestaram publicamente o seu apoio às leis que o Congresso analisa, que buscam proibir as armas de assalto de uso militar, exigir o controle de antecedentes para todas as compras de armas e tornar o tráfico de armas crime federal.

As propostas até agora apenas foram apresentadas ou estão em fase de elaboração, mas o Congresso ainda não tomou uma decisão.

"Ainda não me recuperei de (a tragédia de) Connecticut", declarou Bennett aos jornalistas, referindo-se ao massacre na escola primária de Newtown, no qual morreram 20 crianças e seis adultos.

O cantor de 86 anos ressaltou que as armas de assalto, como as que o presidente Obama e alguns legisladores democratas querem proibir, "foram inventadas para a guerra", e que, por isso, não deveriam estar "nas ruas".

Depois da tragédia de Connecticut, Obama lançou uma série de propostas para combater a violência com armas, mas nenhuma das legislações propostas foi submetida a votação.

Peet, que atuou no filme épico "2012", disse que sente vergonha de que os legisladores ainda tenham que ser persuadidos, mesmo com o número "chocante" de mortos.

"Qual é a alternativa? Não fazer nada será um fracasso", declarou.

Um dos filhos de Martin Luther King, Jr., símbolo da luta pelos direitos civis assassinado em 1968, também se manifestou, apresentando uma perspectiva histórica.

"Vivemos em um país que gera uma cultura de violência, e isso é o que aceitamos", disse Martin Luther King III. "Em última instância, espero que algum dia deixemos de aceitar e de viver nesta cultura de violência, e que aprendamos a criar uma de não-violência", acrescentou.

Kerry Kennedy se referiu à dor que sofreu quando era criança e seu tio, o presidente John F. Kennedy e seu pai, Robert F. Kennedy, foram assassinados em 1963 e em 1968, respectivamente.

"É quase impossível descrever a dor de perder seu pai em um crime sem sentido, ou a indignação de saber que o assassinato poderia ter sido evitado se nossos líderes tivessem agido para impedir a violência", disse.