Revista francesa publica HQ sobre a vida de Maomé
PARIS, 03 Jan 2013 (AFP) - Charlie Hebdo, a revista satírica francesa que provocou protestos internacionais e sofreu ataques depois de divulgar charges de Maomé, publicou nesta semana uma história em quadrinhos biográfica sobre o fundador do Islã, elaborada a partir de textos de cronistas muçulmanos, anunciou à AFP O diretor da publicação.
O editor da revista insiste que "A vida de Maomé", que apresenta em sua capa uma imagem do profeta guiando um camelo pelo deserto, é um trabalho educativo elaborado por um sociólogo franco-tunisiano.
"É uma biografia autorizada pelo Islã, já que foi redigida pelos muçulmanos. É uma recompilação do que cronistas muçulmanos escreveram sobre Maomé e nós simplesmente colocamos em imagens", afirmou Stephane Charbonnier, que também ilustrou a obra.
"Não acho que os muçulmanos mais instruídos possam achar algo de desapropriado", acrescentou Charbonnier, cuja revista já provocou, em várias ocasiões, a fúria dos muçulmanos com suas representações satíricas do profeta.
Apesar de Charbonnier insistir que o livro não tem segundas intenções e é inofensivo, algumas representações do profeta são consideradas sacrilégio pelos muçulmanos.
"O diretor da Charlie Hebdo afirma que os quadrinhos não são ofensivos para os muçulmanos. Transformar a vida do profeta do Islã em personagem de quadrinhos é em si mesmo um erro", escreveu no Twitter Ibrahim Kalin, conselheiro político do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Trata-se de uma provocação. Recomendo aos muçulmanos que o ignorem", insistiu.
A porta-voz do governo francês, Najat Vallaud-Belkacem, considerou difícil julgar a publicação da Charlie Hebdo, mas destacou o fato de a França ser um país onde é preciso "velar sempre por um equilíbrio entre a liberdade de expressão e o respeito à ordem pública".
O editor da revista insiste que "A vida de Maomé", que apresenta em sua capa uma imagem do profeta guiando um camelo pelo deserto, é um trabalho educativo elaborado por um sociólogo franco-tunisiano.
"É uma biografia autorizada pelo Islã, já que foi redigida pelos muçulmanos. É uma recompilação do que cronistas muçulmanos escreveram sobre Maomé e nós simplesmente colocamos em imagens", afirmou Stephane Charbonnier, que também ilustrou a obra.
"Não acho que os muçulmanos mais instruídos possam achar algo de desapropriado", acrescentou Charbonnier, cuja revista já provocou, em várias ocasiões, a fúria dos muçulmanos com suas representações satíricas do profeta.
Apesar de Charbonnier insistir que o livro não tem segundas intenções e é inofensivo, algumas representações do profeta são consideradas sacrilégio pelos muçulmanos.
"O diretor da Charlie Hebdo afirma que os quadrinhos não são ofensivos para os muçulmanos. Transformar a vida do profeta do Islã em personagem de quadrinhos é em si mesmo um erro", escreveu no Twitter Ibrahim Kalin, conselheiro político do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Trata-se de uma provocação. Recomendo aos muçulmanos que o ignorem", insistiu.
A porta-voz do governo francês, Najat Vallaud-Belkacem, considerou difícil julgar a publicação da Charlie Hebdo, mas destacou o fato de a França ser um país onde é preciso "velar sempre por um equilíbrio entre a liberdade de expressão e o respeito à ordem pública".
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