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Microsoft intensifica críticas a política antimonopólio do Google

02/01/2013 23h06

NOVA YORK, 03 Jan 2013 (AFP) - A Microsoft intensificou esta quarta-feira suas críticas à política antimonopólio do Google, afirmando que o gigante americano não dá aos usuários de seus telefones Windows um "acesso adequado" ao serviço de vídeos YouTube.

"Apesar do escrutínio governamental, o Google continua bloqueando um acesso adequado ao YouTube aos clientes da Microsoft. Esta é uma questão importante porque os clientes valorizam o acesso ao YouTube em seus telefones", afirmou o advogado da Microsoft Dave Heiner em uma mensagem publicada em um blog.

"O Google diz com frequência que os delitos antimonopólio de que é acusado não afeta os consumidores; O Google está equivocado sobre isto", acrescentou. "O Google nega, ainda, permitir aos usuários de telefones (que operam com o sistema da Microsoft) Windows de ter o mesmo acesso ao YouTube que os clientes (do sistema de navegação por celular do Google) Android e Apple".

Os comentários são a mais recente troca de acusações entre os dois gigantes da tecnologia e ocorrem em um momento em que organizações de vigilância antimonopólio, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, estão a ponto de terminar as investigações sobre a conduta do Google.

Alguns informes destacam que os investigadores americanos estão se preparando para alcançar um acordo com o Google sem passar por uma ordem judicial.

O site de buscas, dono do YouTube, afirma que a Microsoft distorce dados sobre o acesso com aparelhos móveis.

"Ao contrário do que diz a Microsoft, é fácil para os consumidores assistir a vídeos do YouTube em celulares Windows", afirmou um porta-voz do Google em resposta a uma pergunta da AFP.

"Os usuários de Windows Phone podem acessar todas as funções do YouTube... De fato, estamos trabalhando com a Microsoft durante vários anos para ajudar a construir uma grande experiência de YouTube nos celulares Windows", acrescentou.

A Microsoft expressou preocupação diante da Comissão Europeia e da Comissão Federal de Comércio americano, que investigam possíveis abusos de dominação de mercado por parte do Google.