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Presidente israelense inaugura novo museu judaico em Moscou

O presidente israelense, Shimon Peres, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversam após inauguração de museu israelense em Moscou (8/11/12) - Segei Karpukhin/Pool/AFP Photo
O presidente israelense, Shimon Peres, e o presidente russo, Vladimir Putin, conversam após inauguração de museu israelense em Moscou (8/11/12) Imagem: Segei Karpukhin/Pool/AFP Photo

08/11/2012 08h46

O presidente israelense, Shimon Peres, inaugurou nesta quinta-feira (8) em Moscou um novo museu que reconstrói a história dos judeus na Rússia, desde a época czarista até a atualidade, passando pelo período do Holocausto.

"Não existe um museu como este", declarou Peres durante a cerimônia de inauguração do Museu Judaico e Centro da Tolerância, sediado em um antigo depósito de ônibus construído em 1926 pelo arquiteto de vanguarda Konstantin Melnikov.

Por sua vez, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, leu uma declaração do presidente Vladimir Putin na qual disse estar "convencido de que este museu será um local de diálogo e de entendimento para os povos".

"Toda tentativa de revisar a contribuição de nosso país na vitória na Segunda Gurra Mundial, ou de negação do Holocausto, não é apenas uma mentira cínica, mas um esquecimento da história", acrescentou Putin nesta mensagem.

Ao longo do dia, Peres se reunirá com o presidente russo.

As galerias do museu evocam a vida dos judeus na Rússia desde o fim do século XIX através de obras históricas, cartas e 13 horas de vídeo com testemunhos de judeus russos que vivem por todo o mundo. Salas multimídia com alta tecnologia recriam imagens, sons e até cheiros do passado.

Na Rússia, os judeus foram perseguidos pelo regime czarista a partir do fim do século XVIII.

Fortemente atingidos pelos expurgos dos anos 1930 durante o regime do ditador soviético Joseph Stalin, os judeus também sofreram depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, especialmente durante a onda antissemita desencadeada pelo "caso dos médicos".

Trata-se de um suposto complô de médicos judeus acusados de ter assassinado dois dirigentes soviéticos e de ter planejado a eliminação de outros, uma conspiração preparada pelo regime de Stalin.