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Últimas obras de Richard Hamilton, ícone da pop art, são exibidas em Londres

O artista Richard Hamilton, considerado um dos pioneiros da pop art, terá obras expostas em Londres - EFE/Andy Rain.
O artista Richard Hamilton, considerado um dos pioneiros da pop art, terá obras expostas em Londres Imagem: EFE/Andy Rain.

09/10/2012 17h15

Repletas de referências a Marcel Duchamp ou à arte do Renascimento, vinte obras do artista britânico Richard Hamilton, um dos pioneiros da pop art falecido em 2011, podem ser admiradas a partir desta quarta-feira (10) até 13 de janeiro na National Gallery de Londres.

Os nus femininos e a iconografia cristã também estão muito presentes nestes 19 quadros que misturam pintura, fotografia e técnicas digitais, realizadas em sua maioria nos dez últimos anos de vida.

O artista revisita o tema da Anunciação em "The Passage of the angel to the virgin", em que o anjo Gabriel e a Virgem Maria são representados como duas mulheres nuas, e em "An annunciation", em que uma mulher, também despida, recebe uma ligação telefônica sentada em uma poltrona em um apartamento com decoração minimalista.

Richard Hamilton utiliza as regras de perspectiva do Renascimento em seus quadros de interiores mais conhecidos, nos quais os olhos do observador às vezes se perdem, como em "Lobby", inspirado na entrada de um hotel de Berlim.

A influência de seu amigo, o artista surrealista franco-americano Marcel Duchamp (1887-1968) aparece em várias de suas obras, como "Descending nude" que lembra a "Nu descendant un escalier" (1912).

A exposição "The Late Works", que Richard Hamilton começou a preparar antes de seu assassinato, também apresenta a última obra do artista britânico, em forma de tríptico: "A obra-prima desconhecida", um nu feminino sob os olhares dos mestres Poussin, Courbet e Tiziano.

Richard Hamilton, que morreu em 13 de setembro de 2011, aos 89 anos, foi um dos fundadores da pop art britânica nos anos 1950. Ele ficou famoso com suas pinturas, colagens e esculturas, em que ridiculariza os símbolos da sociedade de consumo. Também foi o autor da capa imaculada do "White Album" dos Beatles, de 1968.