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Washington questiona publicação de charges de Maomé

O editor Charb segura a última edição do jornal francês Charlie Hebdo, que satiriza o profeta Maomé - Fred Dufour/AFP
O editor Charb segura a última edição do jornal francês Charlie Hebdo, que satiriza o profeta Maomé Imagem: Fred Dufour/AFP

De Washington

19/09/2012 14h38

A Casa Branca questionou nesta quarta-feira a decisão da revista humorística francesa Charlie Hebdo de publicar charges do profeta Maomé, mas destacou que nada disso pode justificar a violência.

"Fomos informados sobre o fato de um jornal francês ter publicado desenhos representando um personagem parecido com o profeta Maomé e, evidentemente, temos questionamentos sobre o discernimento que levou à publicação de tais coisas", declarou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney.

"Sabemos que essas imagens podem ser muito chocantes para muitas pessoas" e podem provocar reações violentas, explicou Carney.

"Mas nós ressaltamos regularmente a importância de proteger a liberdade de expressão, que faz parte de nossa Constituição. Desta forma, não questionamos o direito de tais coisas serem publicadas, simplesmente o julgamento", acrescentou o porta-voz.

Enquanto países árabes e muçulmanos são cenários de manifestações, às vezes violentas, contra interesses americanos e ocidentais desde a difusão de trechos de um filme ofensivo ao Islã produzido nos Estados Unidos, Carney destacou mais uma vez "por mais chocantes que essas (publicações) possam ser, não justificam, em hipótese alguma, a violência".