Coreia do Sul proíbe o livro "120 Dias de Sodoma", do marquês de Sade

A Coreia do Sul proibiu por "obscenidade extrema" a publicação de um romance erótico escrito pelo marquês de Sade no século XVIII.
A Comissão Coreana de Ética Editorial ordenou que uma editora local retire das livrarias e destrua todos os exemplares de "120 Dias de Sodoma".
A versão coreana do livro, que relata minuciosamente as orgias sexuais de quatro aristocratas franceses libertinos que estupram, torturam e matam suas jovens vítimas, foi lançada no mês passado.
"Boa parte do livro é extremamente obscena e cruel, com atos de sadismo, incesto, zoofilia e necrofilia", afirmou Jang Tag Hwan, integrante da comissão.
Ele explicou que a descrição detalhada de atos sexuais com menores foi um fator importante na decisão de considerar como "nociva" a publicação do livro. A editora Dongsuh Press anunciou que vai recorrer da decisão.
"Há muitos livros pornográficos por todas as partes. Não posso compreender o motivo deste livro, objeto de estudos acadêmicos por psiquiatras e críticos literários, receber um tratamento diferente", disse Lee Yoong, diretor da editora.
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