Museu italiano queima obras de arte para protestar contra cortes
CASORIA, Itália, 17 Abr 2012 (AFP) -O diretor do Museu de Arte Contemporânea de Casoria, perto de Nápoles (sul da Itália), começou nesta terça-feira a queimar peças em exposição, em protesto contra os cortes decretados pelo governo no orçamento da cultura.
No final da tarde, o fundador e diretor do museu, Antonio Manfredi, pôs fogo a um trabalho da artista francesa Séverine Bourguignon, que tinha concordado antes com a forma do protesto.
"As mil obras que expomos estão, de qualquer forma, destinadas à destruição, devido à indiferença do governo", explicou.
Antonio Manfredi tem a intenção de atear fogo em três peças por semana, como parte da iniciativa que chamou de "Art war" (guerra da Arte).
Exasperado com as ameaças da máfia e com a falta de iniciativa do governo para proteger o patrimônio italiano, escreveu no ano passado à chanceler alemã Angela Merkel para lhe pedir asilo.
"A Alemanha é um dos únicos países que não cortaram o orçamento da cultura. O governo alemão concede muito dinheiro à pesquisa, não é como aqui", explicou à AFP. Para demonstrar a situação, ele chegou mesmo a hastear uma bandeira alemã na frente do museu.
"Se o governo italiano deixa Pompeia desabar, que esperança pode ter o meu museu?", indagou, fazendo referência aos desmoronamentos nesse sítio histórico.
Ele nunca recebeu resposta de Merkel, mas a galeria de arte marginal Tacheles, emblemática de Berlim, ofereceu a ele "asilo artístico" em maio de 2011, para apresentar obras sobre a máfia e sua infiltração na sociedade.
O setor da cultura é um dos mais atingidos pelos planos de austeridade que se repetem na Itália.
O ministério da Cultura anunciou, recentemente, a colocação sob tutela do Maxxi, museu de arte contemporânea de Roma, devido a suas dívidas. As subvenções concedidas a este museu tiveram um corte de 43% em relação a 2010, ano de sua inauguração triunfal.
O Estado italiano dedica apenas 0,21% de seu orçamento à cultura, ao mesmo tempo que a península diz abrigar a metade do patrimônio cultural mundial.
No final da tarde, o fundador e diretor do museu, Antonio Manfredi, pôs fogo a um trabalho da artista francesa Séverine Bourguignon, que tinha concordado antes com a forma do protesto.
"As mil obras que expomos estão, de qualquer forma, destinadas à destruição, devido à indiferença do governo", explicou.
Antonio Manfredi tem a intenção de atear fogo em três peças por semana, como parte da iniciativa que chamou de "Art war" (guerra da Arte).
Exasperado com as ameaças da máfia e com a falta de iniciativa do governo para proteger o patrimônio italiano, escreveu no ano passado à chanceler alemã Angela Merkel para lhe pedir asilo.
"A Alemanha é um dos únicos países que não cortaram o orçamento da cultura. O governo alemão concede muito dinheiro à pesquisa, não é como aqui", explicou à AFP. Para demonstrar a situação, ele chegou mesmo a hastear uma bandeira alemã na frente do museu.
"Se o governo italiano deixa Pompeia desabar, que esperança pode ter o meu museu?", indagou, fazendo referência aos desmoronamentos nesse sítio histórico.
Ele nunca recebeu resposta de Merkel, mas a galeria de arte marginal Tacheles, emblemática de Berlim, ofereceu a ele "asilo artístico" em maio de 2011, para apresentar obras sobre a máfia e sua infiltração na sociedade.
O setor da cultura é um dos mais atingidos pelos planos de austeridade que se repetem na Itália.
O ministério da Cultura anunciou, recentemente, a colocação sob tutela do Maxxi, museu de arte contemporânea de Roma, devido a suas dívidas. As subvenções concedidas a este museu tiveram um corte de 43% em relação a 2010, ano de sua inauguração triunfal.
O Estado italiano dedica apenas 0,21% de seu orçamento à cultura, ao mesmo tempo que a península diz abrigar a metade do patrimônio cultural mundial.
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