China determina o fim do Big Brother de Ai Weiwei
Pequim, 5 Abr 2012 (AFP) -O artista dissidente chinês Ai Weiwei anunciou nesta quinta-feira que as autoridades ordenaram que ele desligasse as câmeras conectadas à internet que havia instalado em sua residência de Pequim para ironizar a vigilância constante a que é submetido.
"Me pediram que as desligasse, após 46 horas de funcionamento", declarou à AFP o dissidente, que disse ter recebido a "ordem estrita" por telefone.
O artista afirmou ainda que as autoridades não apresentaram um motivo para a ordem.
"Nunca apresentam, nunca soube o motivo de meus 81 dias de detenção".
Ai Weiwei ficou preso em um local não revelado de abril a junho de 2011, o que provocou uma onda de indignação em todo o mundo. Desde então vive sob vigilância, sem poder abandonar Pequim.
Diante de sua residência-ateliê, no bairro de Caochangdi, onde ficam várias galerias artísticas de vanguarda, as autoridades mantêm um permanente sistema de vídeo-vigilância.
Ao instalar em sua residência quatro câmeras adicionais, cujas imagens podiam ser vistas no endereço weiweicam.com, Ai Weiwei ressaltou o sentimento de provocação que caracteriza sua obra e irrita o regime de Pequim.
"Eu expliquei: vocês têm 15 câmeras que apontam para mim. A câmera que instalei em meu quarto é exatamente a mesma que eu tinha sobre a cabeça durante os 81 dias de detenção. Então, faço um favor a vocês ao permitir uma vigilância estreita de meus atos e gestos", contou o pintor, escultor e artista plástico.
O artista e dissidente, que não poupa críticas ao Partido Comunista, revelou em novembro que recebera uma notificação para pagar ao fisco 15 milhões de yuanes (1,7 milhão de euros).
Graças à mobilização de 30.000 chineses, ele conseguiu entregar a garantia necessária para apresentar uma apelação contra a retificação, que, segundo Weiwei, será uma punição por suas críticas ao regime. As autoridades aceitaram reconsiderar a decisão e o procedimento está em curso.
"Me pediram que as desligasse, após 46 horas de funcionamento", declarou à AFP o dissidente, que disse ter recebido a "ordem estrita" por telefone.
O artista afirmou ainda que as autoridades não apresentaram um motivo para a ordem.
"Nunca apresentam, nunca soube o motivo de meus 81 dias de detenção".
Ai Weiwei ficou preso em um local não revelado de abril a junho de 2011, o que provocou uma onda de indignação em todo o mundo. Desde então vive sob vigilância, sem poder abandonar Pequim.
Diante de sua residência-ateliê, no bairro de Caochangdi, onde ficam várias galerias artísticas de vanguarda, as autoridades mantêm um permanente sistema de vídeo-vigilância.
Ao instalar em sua residência quatro câmeras adicionais, cujas imagens podiam ser vistas no endereço weiweicam.com, Ai Weiwei ressaltou o sentimento de provocação que caracteriza sua obra e irrita o regime de Pequim.
"Eu expliquei: vocês têm 15 câmeras que apontam para mim. A câmera que instalei em meu quarto é exatamente a mesma que eu tinha sobre a cabeça durante os 81 dias de detenção. Então, faço um favor a vocês ao permitir uma vigilância estreita de meus atos e gestos", contou o pintor, escultor e artista plástico.
O artista e dissidente, que não poupa críticas ao Partido Comunista, revelou em novembro que recebera uma notificação para pagar ao fisco 15 milhões de yuanes (1,7 milhão de euros).
Graças à mobilização de 30.000 chineses, ele conseguiu entregar a garantia necessária para apresentar uma apelação contra a retificação, que, segundo Weiwei, será uma punição por suas críticas ao regime. As autoridades aceitaram reconsiderar a decisão e o procedimento está em curso.
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