James Murdoch renuncia à presidência da BSkyB depois do escândalo das escutas
LONDRES, 3 Abr 2012 (AFP) -James Murdoch, filho do magnata das comunicações Rupert Murdoch, se afastou nesta terça-feira da presidência da BSkyB depois de meses de pressão devido aos escândalos das escutas telefônicas ilegais no tabloide News of the World, anunciou a maior plataforma televisiva britânica.
Esta renúncia acontece pouco mais de um mês depois que ele também deixou a presidência da News International, a subsidiária britânica do News Corp. que editava o popular jornal dominical extinto em julho de 2011.
Em sua carta de demissão, James Murdoch, de 39 anos, explicou que não queria prejudicar a BSkyB, da qual a News Corp. também é o primeiro acionista com uma participação de 39%, com "assuntos externos à esfera da companhia".
"Sou consciente de que meu papel como presidente pode ser um empecilho para a BSkyB e acho que minha renúncia ajudará a assegurar que não existe um falso vínculo com os acontecimentos em uma organização separada", acrescentou o comunicado da BSkyB.
James Murdoch, que ocupava a presidência da plataforma desde 2007 depois de ter sido diretor geral durante quatro anos, será substituído no cargo pelo atual vice-presidente, Nicholas Ferguson. Ele manterá, no entanto, um cargo de diretor não-executivo na BSkyB.
Considerado há um tempo sucessor natural de seu pai, o jovem Murdoch havia sido reeleito no final do ano passado, apesar da oposição de cerca de um quinto dos acionistas devido ao escândalo das escutas o hoje extinto News of the World, que abalou a reputação da News Corp.
A indignação provocada por este caso no Reino Unido também obrigou em meados do ano passado a News Corp. a desistir do projeto de compra dos 61% restantes da BSkyB por 12 bilhões de dólares (9 bilhões de euros).
Além disso, a BSkyB está sendo investigada pelo regulador das telecomunicações, o Ofscom, que poderá chegar a retirar sua licença se considerar que a News Corp. já não constitui um acionista "conveniente".
James Murdoch sempre negou ter estado a par das escutas no News of the World, incluindo em dois comparecimentos ante a comissão parlamentar que investiga o caso. Este comitê deve publicar seu relatório no final de abril.
O escândalo das escutas começou a ser investigado em 2006, mas se agravou depois da reabertura da investigação, no início de 2011, até obrigar Murdoch a fechar o tabloide.
O News of the World é acusado de ter grampeado desde 2000 as caixas de mensagem de voz dos celulares de 800 pessoas, incluindo famosos, políticos e membros da família real, mas também de vítimas de crimes para tentar obter informações exclusivas.
Nos últimos meses, mais de 20 ex-empregados do jornal foram detidos, interrogados e liberados em conexão com as escutas pela polícia, que investiga também supostos subornos a policiais por jornalistas do News of the World e do The Sun, outra popular publicação do News Corp.
Rupert Murdoch desembolsou até agora milhões de libras em indenizações para autores de ações para evitar julgamentos mais onerosos.
Esta renúncia acontece pouco mais de um mês depois que ele também deixou a presidência da News International, a subsidiária britânica do News Corp. que editava o popular jornal dominical extinto em julho de 2011.
Em sua carta de demissão, James Murdoch, de 39 anos, explicou que não queria prejudicar a BSkyB, da qual a News Corp. também é o primeiro acionista com uma participação de 39%, com "assuntos externos à esfera da companhia".
"Sou consciente de que meu papel como presidente pode ser um empecilho para a BSkyB e acho que minha renúncia ajudará a assegurar que não existe um falso vínculo com os acontecimentos em uma organização separada", acrescentou o comunicado da BSkyB.
James Murdoch, que ocupava a presidência da plataforma desde 2007 depois de ter sido diretor geral durante quatro anos, será substituído no cargo pelo atual vice-presidente, Nicholas Ferguson. Ele manterá, no entanto, um cargo de diretor não-executivo na BSkyB.
Considerado há um tempo sucessor natural de seu pai, o jovem Murdoch havia sido reeleito no final do ano passado, apesar da oposição de cerca de um quinto dos acionistas devido ao escândalo das escutas o hoje extinto News of the World, que abalou a reputação da News Corp.
A indignação provocada por este caso no Reino Unido também obrigou em meados do ano passado a News Corp. a desistir do projeto de compra dos 61% restantes da BSkyB por 12 bilhões de dólares (9 bilhões de euros).
Além disso, a BSkyB está sendo investigada pelo regulador das telecomunicações, o Ofscom, que poderá chegar a retirar sua licença se considerar que a News Corp. já não constitui um acionista "conveniente".
James Murdoch sempre negou ter estado a par das escutas no News of the World, incluindo em dois comparecimentos ante a comissão parlamentar que investiga o caso. Este comitê deve publicar seu relatório no final de abril.
O escândalo das escutas começou a ser investigado em 2006, mas se agravou depois da reabertura da investigação, no início de 2011, até obrigar Murdoch a fechar o tabloide.
O News of the World é acusado de ter grampeado desde 2000 as caixas de mensagem de voz dos celulares de 800 pessoas, incluindo famosos, políticos e membros da família real, mas também de vítimas de crimes para tentar obter informações exclusivas.
Nos últimos meses, mais de 20 ex-empregados do jornal foram detidos, interrogados e liberados em conexão com as escutas pela polícia, que investiga também supostos subornos a policiais por jornalistas do News of the World e do The Sun, outra popular publicação do News Corp.
Rupert Murdoch desembolsou até agora milhões de libras em indenizações para autores de ações para evitar julgamentos mais onerosos.
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