Terminam os desfiles de Carnaval, começa balé dos trabalhadores
RIO DE JANEIRO, 21 Fev 2012 (AFP) -Quando o luxuoso desfile de cada grande escola de samba termina, depois da passagem triunfal pelos 720 metros do sambódromo do Rio de Janeiro, começa outro espetáculo, o de trabalhadores nas sombras, como os lixeiros e os funcionários encarregados de desmontar os carros alegóricos.
"Deixa passar, deixa passar!", gritam cinco homens de macacão da escola União da Ilha que carregam correndo uma parte pesada do que acabaram de desmontar e a colocam na rua, onde um caminhão a rebocará.
Depois da União da Ilha, a segunda escola a desfilar na noite de segunda-feira, é a vez do Salgueiro, e é preciso tirar os carros rapidamente para não engarrafar o sambódromo.
Um atraso no tempo do desfile - cada escola tem direito a no máximo de 82 minutos - pode levar as escolas, que disputam o título de Campeã do Carnaval, a perderem pontos.
Os carregadores se esforçam para retirar rapidamente todos os acessórios e materiais preciosos, como plumas e pedrarias, que podem ser reciclados para o carnaval de 2013.
Este setor, conhecido como "dispersão" (onde terminam os desfiles), se opõe ao setor da "concentração", onde se reúnem de 3.000 a 5.000 integrantes de cada escola de samba antes de entrarem na pista sob o olhar atento de 72.500 espectadores.
Na dispersão, nenhum glamour. A área é mal iluminada e a coreografia dos trabalhadores é frenética. O luxo dos carros antes de serem desmontados contrasta com o ambiente pobre. As crianças do bairro aproveitam para subir nas grandes alegorias e ensaiar alguns passos de samba, como as vedetes, antes que sejam retiradas dali.
Os únicos integrantes que saem por este setor são os que dançam em cima dos carros.
"É maravilhoso e divertido. A fantasia é pesada e quente, mas no fim a emoção é tanta que não sentimos nada", declarou à AFP Gilberto Torres, ator de novelas brasileiras ao acabar de desfilar no alto de um carro prateado que homenageia os guerreiros celtas.
A maioria dos integrantes das escolas deixa o sambódromo por outra saída, que proporciona outro espetáculo: esgotados, muitos tiram armações e artefatos incômodos que um batalhão de lixeiros corre para recolher e jogar no caminhão de lixo. Meses de trabalho desaparecem em alguns segundos.
"Deixa passar, deixa passar!", gritam cinco homens de macacão da escola União da Ilha que carregam correndo uma parte pesada do que acabaram de desmontar e a colocam na rua, onde um caminhão a rebocará.
Depois da União da Ilha, a segunda escola a desfilar na noite de segunda-feira, é a vez do Salgueiro, e é preciso tirar os carros rapidamente para não engarrafar o sambódromo.
Um atraso no tempo do desfile - cada escola tem direito a no máximo de 82 minutos - pode levar as escolas, que disputam o título de Campeã do Carnaval, a perderem pontos.
Os carregadores se esforçam para retirar rapidamente todos os acessórios e materiais preciosos, como plumas e pedrarias, que podem ser reciclados para o carnaval de 2013.
Este setor, conhecido como "dispersão" (onde terminam os desfiles), se opõe ao setor da "concentração", onde se reúnem de 3.000 a 5.000 integrantes de cada escola de samba antes de entrarem na pista sob o olhar atento de 72.500 espectadores.
Na dispersão, nenhum glamour. A área é mal iluminada e a coreografia dos trabalhadores é frenética. O luxo dos carros antes de serem desmontados contrasta com o ambiente pobre. As crianças do bairro aproveitam para subir nas grandes alegorias e ensaiar alguns passos de samba, como as vedetes, antes que sejam retiradas dali.
Os únicos integrantes que saem por este setor são os que dançam em cima dos carros.
"É maravilhoso e divertido. A fantasia é pesada e quente, mas no fim a emoção é tanta que não sentimos nada", declarou à AFP Gilberto Torres, ator de novelas brasileiras ao acabar de desfilar no alto de um carro prateado que homenageia os guerreiros celtas.
A maioria dos integrantes das escolas deixa o sambódromo por outra saída, que proporciona outro espetáculo: esgotados, muitos tiram armações e artefatos incômodos que um batalhão de lixeiros corre para recolher e jogar no caminhão de lixo. Meses de trabalho desaparecem em alguns segundos.
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