Correa considera 'desagradável' condenação do jornal El Universo
QUITO, 18 Fev 2012 (AFP) -O presidente do Equador, Rafael Correa, considerou "desagradável" e disse não estar contente com o julgamento de três diretores do jornal El Universo a quem processou por injúria, condenados a três anos de prisão e o pagamento de 40 milhões de dólares, segundo declarações divulgadas neste sábado.
"Não estou contente com isso, preferia que não tivesse havido julgamento. Vocês acham que é agradável pedir prisão para alguém? Multas? É desagradável", afirmou Correa em seu relatório semanal de tarefas, gravado na sexta-feira e divulgado no sábado.
Contudo, o presidente justificou a queixa destacando que a "culpa" é da outra parte que "mente e por sua soberba em jamais querer se ajustar, apesar do que exige a Constituição, a Convenção Interamericana de Direitos Humanos e a ética profissional básica".
"É contra isso que temos lutado, por isso tanto sacrifício. Não estou contente, isso foi duríssimo, mas foi pela verdadeira liberdade de expressão, pelo estado de direito, pelo tanto que foi ofendido com os abusos da imprensa", acrescentou.
Na quinta-feira, a suprema Corte Nacional de Justiça (CNJ) ratificou em última instância a condenação contra o diretor do jornal, Carlos Pérez, e os subdiretores César e Nicolás Pérez.
A sentença contra o ex-diretor de opinião Emilio Palacio, autor de uma coluna que motivou a demanda, já era firme. Palacio está em Miami (sudeste dos Estados Unidos), onde pediu asilo.
Depois da decisão da CNJ, o Panamá concedeu asilo político ao diretor do matutino, que está refugiado desde quinta-feira na embaixada panamenha em Quito.
Na sexta-feira, o chanceler do Panamá, Roberto Henríquez, declarou que está "iniciando o processo para solicitar o salvo-conduto" para que Pérez possa se asilar no país.
Correa disse que os irmãos Pérez e Palacio "não eram julgados por jornalistas, mas sim por mentirosos", e reiterou que respeita a decisão panamenha, mas dicorda dela, pois, para ele, os acusados não sofrem perseguição política.
Na quinta-feira, o governante anunciou que estuda pedir a revogação da condenação e reiterou que o dinheiro que obtiver com o julgamento será doado para um programa do seu governo contra o aquecimento global.
Embora existam instâncias de impugnação no Equador, a defesa do jornal disse que continuará a batalha legal na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a quem pediu medidas cautelares para que a sentença não seja executada.
"Não estou contente com isso, preferia que não tivesse havido julgamento. Vocês acham que é agradável pedir prisão para alguém? Multas? É desagradável", afirmou Correa em seu relatório semanal de tarefas, gravado na sexta-feira e divulgado no sábado.
Contudo, o presidente justificou a queixa destacando que a "culpa" é da outra parte que "mente e por sua soberba em jamais querer se ajustar, apesar do que exige a Constituição, a Convenção Interamericana de Direitos Humanos e a ética profissional básica".
"É contra isso que temos lutado, por isso tanto sacrifício. Não estou contente, isso foi duríssimo, mas foi pela verdadeira liberdade de expressão, pelo estado de direito, pelo tanto que foi ofendido com os abusos da imprensa", acrescentou.
Na quinta-feira, a suprema Corte Nacional de Justiça (CNJ) ratificou em última instância a condenação contra o diretor do jornal, Carlos Pérez, e os subdiretores César e Nicolás Pérez.
A sentença contra o ex-diretor de opinião Emilio Palacio, autor de uma coluna que motivou a demanda, já era firme. Palacio está em Miami (sudeste dos Estados Unidos), onde pediu asilo.
Depois da decisão da CNJ, o Panamá concedeu asilo político ao diretor do matutino, que está refugiado desde quinta-feira na embaixada panamenha em Quito.
Na sexta-feira, o chanceler do Panamá, Roberto Henríquez, declarou que está "iniciando o processo para solicitar o salvo-conduto" para que Pérez possa se asilar no país.
Correa disse que os irmãos Pérez e Palacio "não eram julgados por jornalistas, mas sim por mentirosos", e reiterou que respeita a decisão panamenha, mas dicorda dela, pois, para ele, os acusados não sofrem perseguição política.
Na quinta-feira, o governante anunciou que estuda pedir a revogação da condenação e reiterou que o dinheiro que obtiver com o julgamento será doado para um programa do seu governo contra o aquecimento global.
Embora existam instâncias de impugnação no Equador, a defesa do jornal disse que continuará a batalha legal na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a quem pediu medidas cautelares para que a sentença não seja executada.
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